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capa do ebook Infância, diagnóstico e medicalização: Reflexões sobre a criança na contemporaneidade

Infância, diagnóstico e medicalização: Reflexões sobre a criança na contemporaneidade

As intervenções na infância

apresentam-se atravessadas pela complexidade

de se entender o desafio do campo de

discussão que empreende o universo infantil

e suas demandas, dentre elas as relacionadas

ao espaço escolar. Analisar os processos que

atravessam o desenvolvimento infantil é dar

condições para a criança inaugurar um discurso

de sujeito singular. Desse modo, é de relevada

importância andar na contramão dos discursos

adaptativos que avaliam e diagnosticam,

elucidando conflitos sem acompanhar questões

mais específicas da história da criança. A

concepção organicista e o modelo biomédico

para justificar o comportamento da criança

está muito presente na contemporaneidade,

pois é cada vez mais comum no âmbito escolar

justificar e vincular os comportamentos das

crianças a uma patologia. Será um retrocesso

no campo educacional? Será que as crianças

não estão sendo escutadas na maneira

latente de transitar no espaço social escola? É

importante considerar que a medicina continua

constituindo um lugar de contribuição no

processo saúde-doença. No entanto, entendese

que o modo como a escola cumpre sua

função social, exige certa reflexão e cautela

diante da invasão quantitativa de classificações

lançadas sobre crianças. Reflete-se sobre o

excesso da medicalização na vida de crianças,

como também, não vestir a marca de um

diagnóstico desde a infância. Assim, o objetivo

do presente trabalho é refletir sobre o cuidado

que entende-se ser necessário ter frente a

questão da medicalização na infância, cabendo

a escola, familiares e profissionais o papel

de uma função ativa e não passiva diante da

questão em cena.

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Infância, diagnóstico e medicalização: Reflexões sobre a criança na contemporaneidade

  • DOI: 10.22533/at.ed.3261903049

  • Palavras-chave: Criança. Contemporaneidade. Diagnóstico. Medicalização. Escola.

  • Keywords: Child. Contemporaneity. Diagnosis. Medicalization. School.

  • Abstract:

    Interventions in childhood are

    characterized by the complexity of understanding

    the challenge of the field of discussion that

    children’s universe and its demands, including

    those related to school space. Analyzing the

    processes that go through child development

    is to enable the child to inaugurate a singular

    subject discourse. Thus, it is important to

    stand against the adaptive discourses that

    evaluate and diagnose, elucidating conflicts

    without accompanying more specific issues in

    the child’s history. The organicist conception and the biomedical model to justify the

    behavior of the child is very present in the contemporaneity, since it is increasingly

    common in the school context to justify and to link the behaviors of the children to a

    pathology. Is it a retrogression in the educational field? Are the children not being heard

    in the latent way of transiting in the social space school? It is important to consider

    that medicine continues to be a place of contribution in the health-disease process.

    However, it is understood that the way the school fulfills its social function requires

    some reflection and caution in the face of the quantitative invasion of classifications

    launched on children. It reflects on the over-medicalization in the lives of children, as

    well as not wearing the mark of a diagnosis since childhood. Thus, the objective of the

    present study is to reflect on the care that is taken to be necessary to face the issue of

    medicalization in childhood, with the school, family and professionals having the role of

    an active and non-passive function before the issue on the scene.

  • Número de páginas: 15

  • Rute Flávia Meneses Mondim Pereira d'Amaral
  • IANE PINTO DE CASTRO
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