Infância: Corpo e Aprendizagem
A criança desde o nascimento, segundo Merleau-Ponty (1908-1961), está inserida numa sociedade, num grupo social, num meio existencial onde desenvolve sua aprendizagem e a si mesma. O corpo desta acaba sendo o lugar das ambiguidades, em que ela se constitui como interioridade e exterioridade, subjetividade e comportamento, ativo e passivo, e também da aprendizagem. Já Pavlov (1849-1936), descreve a relação do corpo com o meio, apoiando-se no processo de estímulo-resposta, acentuando o corpo como dependente e submetido aos feixes de estímulos. Essa compreensão parte do princípio de que há uma semelhança entre o corpo humano e o do animal, ou seja, reagindo a estímulos, o corpo-organismo é passivo em relação ao meio. A criança pequena, ao mover sua boca em direção ao seio da mãe, busca satisfazer suas necessidades. No entanto, para Merleau-Ponty (1908-1961) o bebê humano difere do de outras espécies de animais, por ele está exposto as suas necessidades sem recursos biológicos para definir nem com que nem como satisfazê-las. Daí esse autor afirmar que a criança constitui-se como sujeito de relação, onde o seu desenvolvimento e a aprendizagem entrelaçam-se. Isso porque a aprendizagem das crianças pequenas não depende de uma operação cognitiva, mas da percepção.
Infância: Corpo e Aprendizagem
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Palavras-chave: Aprendizagem. Percepção. Corpo. Infância. Criança.
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Keywords: Keywords
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Abstract:
Abstract
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Número de páginas: 10
- Silvano Severino Dias