O conteúdo de carbono é um dos

principais indicadores da qualidade do solo,

assim como a sua estratificação no perfil pode

ser utilizado para avaliar a dinâmica da matéria

orgânica em função do uso da terra. O aumento

da demanda por bioenergia tem ocasionado

à expansão das áreas de cana-de-açúcar na

região centro sul do Brasil, principalmente em

áreas que anteriormente eram usadas como

pastagem, e o aumento da produção de grãos

têm expandido suas áreas para solos marginais.

Desta forma, a vegetação nativa deu lugar

às áreas com pastagens, posteriormente, as

pastagens transformadas em lavouras para a

produção de grãos ou bioenergia. O objetivo deste

trabalho foi avaliar o índice de estratificação de

carbono em áreas de expansão da agricultura.

Amostras de solo foram coletadas em três

locais, em três camadas e em quatro usos da

terra: vegetação nativa, pastagem, cana-deaçúcar

e cultivo de grãos (sistema plantio direto

(SPD), sistema de preparo convencional (SPC)

ou com integração lavoura pecuária (ILP)).

A analise de carbono foi realizada para cada

camada e o índice de estratificação calculado

pela relação entre o conteúdo de carbono da

primeira camada pelo conteúdo de carbono das

demais camadas. Os resultados indicaram que

os usos da terra com pastagem manejada, SPD

e ILP são promissores para elevar o conteúdo

de carbono no solo enquanto os usos da terra

com SPC em áreas tradicionais de agricultura e

cana-de-açúcar em solos marginais devem ser

analisados com uma postura critica devido aos

baixos índices de estratificação de carbono.