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INCLUSÃO: EXPERIÊNCIAS ESCOLARES

Neste texto, objetiva-se analisar como tem se dado o processo de inclusão no Ensino Médio de uma escola pública do município de Venâncio Aires (RS). A legislação vigente e os estudos teóricos, principalmente na perspectiva dos Estudos Culturais em Educação e dos Estudos Foucaultianos, dão condições para a análise de dados empíricos produzidos por meio de um questionário virtual, respondido por dezoito professores da Instituição investigada. A partir desta pesquisa qualitativa, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais, observou-se que a efetivação do processo de inclusão tem provocado mudança nas práticas docentes e que esta se dá pela: 1.Experiência da inclusão, marcada pela inexperiência docente, a falta de formação teórica e de prática, resultando na incompreensão do conceito; 2. Inclusão como experiência, em que se tem a identificação das singularidades, a promoção do desenvolvimento das potencialidades e o rompimento da necessidade de padronizar a aprendizagem. Os resultados também mostraram que, apesar dos avanços que se tem com a experiência da inclusão, principalmente, a acessibilidade, a sala de recursos e profissionais especializados para apoiar o processo de aprendizagem, o processo requer, principalmente, mais investimentos na formação continuada de professores. Isso porque, se, por um lado os professores entendem que cada indivíduo é singular e que, justamente por isso, tem suas especificidades, por outro, entendem a educação como um processo em que os estudantes são protagonistas de um currículo comum (comum a todos e todas), cujas aprendizagens precisam ser desenvolvidas e avaliadas numa única perspectiva, trazendo à tona, algumas contradições na perspectiva da inclusão como experiência.
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INCLUSÃO: EXPERIÊNCIAS ESCOLARES

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.9091125190310

  • Palavras-chave: Inclusão. Ensino Médio. Formação inicial e continuada. Experiência. Professores.

  • Keywords: Inclusion. High School. Initial and continuing education. Experience. Teachers.

  • Abstract: This text aims to analyze how the inclusion process in secondary education has taken place in a public school in the municipality of Venâncio Aires (RS). Current legislation and theoretical studies, mainly from the perspective of Cultural Studies in Education and Foucauldian Studies, provide conditions for the analysis of empirical data produced through a virtual questionnaire, answered by eighteen teachers from the institution under investigation. Based on this qualitative research, focusing on the understanding and explanation of the dynamics of social relations, it was observed that the implementation of the inclusion process has caused changes in teaching practices and that this is due to: 1. Experience of inclusion, marked by inexperienced teachers, lack of theoretical and practical training, resulting in a lack of understanding of the concept; 2. Inclusion as an experience, in which singularities are identified, potential development is promoted and the need to standardize learning is overcome. The results also showed that, despite the advances made with the experience of inclusion, mainly accessibility, resource rooms and specialized professionals to support the learning process, the process requires, above all, more investment in ongoing teacher training. This is because, on the one hand, teachers understand that each individual is unique and that, precisely for this reason, has their own specificities, on the other hand, they understand education as a process in which students are protagonists of a common curriculum (common to all), whose learning needs to be developed and evaluated from a single perspective, bringing to light some contradictions in the perspective of inclusion as an experience.

  • Janete Inês Müller
  • Fernanda Luft
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