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capa do ebook IMPACTOS PSICOSSOCIAIS A RESIDENTES DE AGLOMERADOS SUBNORMAIS: EXPERIENCIA DE UMA COMUNIDADE

IMPACTOS PSICOSSOCIAIS A RESIDENTES DE AGLOMERADOS SUBNORMAIS: EXPERIENCIA DE UMA COMUNIDADE

Aglomerados subnormais são popularmente chamados de favelas e abrigam, no Brasil, cerca de 11,4 milhões de pessoas que vivem à margem da sociedade. Na maioria das vezes, são estigmatizados quanto a identidade social deteriorada atribuída ao seu local de residência e, por vezes, seus moradores são convertidos em pessoas más e perigosas por membros da sociedade que vivem uma realidade diferente da sua. As favelas são classificadas como ameaçadoras para a sociedade, como localidades causadoras de desordem e conflitos, mas é necessário entender que seu contexto é mais complexo que essa identidade social negativa. Seu reconhecimento abrange fatores como: precariedade dos serviços públicos; a fragilidade de vínculos de pertencimento e sociabilidade; pobreza econômica; desigualdade de informações, de possibilidades e oportunidades. Nesse sentido, este trabalho analisou os impactos psicossociais que afetam residentes de aglomerados subnormais. Para tal apresentou caráter de pesquisa exploratória, de corte transversal, análise quantitativa e delineamento de pesquisa de campo. Para a coleta de dados utilizou-se questionário estruturado aplicado a 200 moradores do bairro “Conferência Cidade Cristo Rei”, no município de Montes Claros-MG. Os resultados indicaram equivalência por sexo, com idades entre 18 e 78 anos (M=31,7 anos; DP=13,5 anos). Os respondentes são, em sua maioria, solteiros (54,5%), católicos (58,5%), e, pardos (40,5%) ou pretos (40,5%). A maioria (56,0%) tem um ou mais filhos (chegando a ter até nove filhos), e apenas 26,0% tem profissão (sem formação específica). Os dados apontam ainda que 33,0% revelaram sentir-se socialmente marginalizados; 16,0% evidenciaram desagrado na interação com seus vizinhos; e 4,0% reconhecem a localidade como área de risco. Tais dados evidenciaram que os moradores desse aglomerado são saturados de estigmas de marginalização e preconceito, provocando assim impactos psicossociais que lesam seu bem-estar biopsicossocial.

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IMPACTOS PSICOSSOCIAIS A RESIDENTES DE AGLOMERADOS SUBNORMAIS: EXPERIENCIA DE UMA COMUNIDADE

  • DOI: 10.22533/at.ed.39421300315

  • Palavras-chave: Aglomerados subnormais. Estigma social. Favela. Impactos psicossociais. Preconceito

  • Keywords: Prejudice. Psychosocial impacts. Slum. Social stigma. Subnormal agglomerates.

  • Abstract:

    Subnormal agglomerates are popularly referred to as slums and are home, in Brazil, approximately 11.4 million people living on the margins of society. Most of the time, they are stigmatized as to the deteriorated social identity attributed to their place of residence and, sometimes, their residents are converted into bad and dangerous people by members of society who live a different reality from their own. Slums are classified as threatening to society, as places that cause disorder and conflict, but it is necessary to understand that their context is more complex than this negative social identity. Its recognition includes factors such as: precarious public services; the fragility of bonds of belonging and sociability; economic poverty; inequality of information, possibilities and opportunities. So, this work analyzed the psychosocial impacts that affect residents of subnormal agglomerates. To reach this aim, it assumed the research design exploratory, cross-sectional, quantitative analysis and field research design. For data collection, a structured questionnaire was applied to 200 residents of the “Cidade Cristo Rei Conference” neighborhood, in the city of Montes Claros-MG. The results indicated equivalence by sex, with ages varying between 18 and 78 years (M = 31.7 years; SD = 13.5 years). Most respondents are single (54.5%), Catholic (58.5%), and brown (40.5%) or black (40.5%). The majority (56.0%) have one or more children (up to nine children), and only 26.0% have a profession (without specific training). The data also shows that 33.0% revealed that they feel socially marginalized; 16.0% showed dislike in the interaction with their neighbors; and 4.0% recognize the community as a risk area. Such data showed that the inhabitants of this agglomerate are saturated with stigmas of marginalization and prejudice, thus causing psychosocial impacts that damage their biopsychosocial well-being.

  • Número de páginas: 18

  • Marcela Araújo Gonçalves Rodrigues
  • Janecléia Ross Araújo
  • Leonardo Augusto Couto Finelli
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