IMPACTOS FÍSICOS E PSICOSSOCIAIS CAUSADOS PELO WORKAHOLISM EM MÉDICOS: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Introdução: o workaholism é definido como vício em trabalho e afeta diversos profissionais, inclusive médicos. O transtorno apresenta características físicas e psicossociais e gera consequências na vida pessoal e profissional do indivíduo. Objetivo: Compreender os impactos físicos e psicossociais gerados pelo processo workaholism em médicos. Método: Revisão da literatura baseada em 10 artigos publicados nos últimos 10 anos, nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando-se os descritores Workaholic; workaholic AND “depressive disorder”; workaholic AND “fatigue, mental”; workaholic AND physicians; e PubMed utilizando-se os descritores "Depressive Disorder" AND "Physicians" OR "Physician Assistants"; "Physicians" AND "Mental Fatigue"; "Physicians" AND "Cost of Illness" OR "Cost Control". Selecionou-se artigos na íntegra, em idioma inglês e os adequados ao tema em estudo e, excluídos artigos de revisão, resumos, textos incompletos, idiomas não inglês e workaholism não associados à profissão médica. Resultados: O workaholism afeta diversas áreas da vida dos indivíduos, pois a compulsão pelo trabalho cria demandas excessivas que prejudicam a saúde do workaholic. Tal distúrbio desencadeia sintomas como ansiedade, depressão, hiperatividade, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e fadiga mental. Em função dessa compulsão, os profissionais de saúde trabalham excessivamente, o que gera um desgaste físico e mental, afetando, primordialmente, seus relacionamentos interpessoais. Notou-se que 53% dos participantes abordados se consideram viciados no trabalho, sendo que destes, 62% apresentaram exaustão emocional e 36%, aberração de controle. Os impactos do distúrbio podem ser amenizados através da prática de habilidades interpessoais, que aumentam a disponibilidade de suporte social, em conjunto com técnicas para aumentar a resistência e atender às necessidades de autocuidado. Conclusão: o transtorno workaholism afeta inúmeras esferas sociais do médico workaholic, logo, é fundamental diferenciar engajamento de vício para elaborar o melhor tratamento.
IMPACTOS FÍSICOS E PSICOSSOCIAIS CAUSADOS PELO WORKAHOLISM EM MÉDICOS: UMA REVISÃO DA LITERATURA
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.91021080710
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Palavras-chave: Estresse no trabalho, Transtorno compulsivo, Problemas psicossociais, Sobrecarga mental, Médicos
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Keywords: Stress at work, Compulsive disorder, Psychosocial problems, Mental overload, Physicians
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Abstract:
Introduction: Workaholism is defined as a transtorn which people become addicted to work and affects many professionals, including physicians. The disorder has physical and psychosocial characteristics and has consequences for the individual's personal and professional life. Objective: To understand the physical and psychosocial impacts generated by the workaholism process on doctors. Method: Literature review based on 10 articles published in the last 10 years, in the Virtual Health Library databases, using the Workaholic descriptors; workaholic AND “depressive disorder”; workaholic AND “fatigue, mental”; workaholic AND physicians; and PubMed using the descriptors "Depressive Disorder" AND "Physicians" OR "Physician Assistants"; "Physicians" AND "Mental Fatigue"; "Physicians" AND "Cost of Illness" OR "Cost Control". Articles were selected in full, in English and those appropriate to the topic under study, and review articles, abstracts, incomplete texts, non-English and workaholic languages not associated with the medical profession were excluded. Results: Workaholism affects several areas of individuals' lives, as the compulsion to work creates excessive demands that harm the health of the workaholic. Such a disorder triggers symptoms such as anxiety, depression, hyperactivity, obsessive compulsive disorder (OCD) and mental fatigue. As a result of this compulsion, health professionals work excessively, which generates physical and mental strain, primarily affecting their interpersonal relationships. It was noted that 53% of the participants approached consider themselves addicted to work, of which 62% had emotional exhaustion and 36%, aberration of control. The impacts of the disorder can be mitigated through the practice of interpersonal skills, which increase the availability of social support, together with techniques to increase resistance and meet the needs of self-care. Conclusion: the workaholism disorder affects many social spheres of the workaholic physician, therefore, it is essential to differentiate engagement from addiction to develop the best treatment.
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Número de páginas: 8
- Manuela Oliveira Buaiz
- Maria Victoria Cardoso Reis
- Mariana Villas Bôas Drumond
- Melissa Rodrigues Almokdice
- Hebert Wilson Santos Cabral
- Loise Cristina Passos Drumond
- Marcela Souza Lima Paulo
- FRANCIELE FLODOALDO