IDENTIFICAÇÃO DA VARIAÇÃO ANATÔMICA DA VEIA SAFENA MAGNA DURANTE CURSO DE DISSECAÇÃO CADAVÉRICA
A veia safena magna é superficial, formada pela união da veia dorsal do hálux e o arco venoso dorsal do pé. Em seu trajeto e composição mais comum, a veia safena magna ascende anteriormente até o maléolo medial, segue posteriormente ao côndilo medial do fêmur, atravessa o hiato safeno na fáscia lata e tributa na veia femoral. Durante o seu trajeto ascendente na perna e coxa, ela recebe várias tributárias e comunica-se diretamente com a veia safena parva em vários locais, podendo se unir e formar uma veia acessória. Suas variações podem tornar os procedimentos de cateterização difíceis, assim como causar problemas no tratamento de varizes. O objetivo desse trabalho é descrever a variação anatômica da morfologia da veia safena magna de um cadáver observada durante um curso de dissecção cadavérica dos membros inferiores. A dissecção ocorreu em um cadáver humanos masculino, fixado e preservado em formaldeído e disponibilizado pela própria instituição, assim como os materiais de dissecção e os equipamentos e proteção individual. Para a prática foi disponibilizado previamente pelo professor um roteiro com as estruturas anatômicas que seriam possíveis de serem observadas durante a dissecação dos membros superiores e inferiores naquele momento, como músculos, tendões, veias, artérias e nervos. A veia safena magna estava quase completamente duplicada durante o seu trajeto na perna esquerda. Ambas as safenas magnas originaram-se do arco dorsal do pé e da veia dorsal do hálux. Essas veias têm trajeto quase paralelo uma à outra ao longo da perna esquerda com um espaço de três (3) centímetros entre elas e com o mesmo calibre. Na face medial do joelho, essas duas veias se unem para formar uma veia safena magna comum, que segue o seu trajeto ascendente na face medial da coxa esquerda até o trígono femoral. O conhecimento da veia safena magna normal e suas variações são úteis, pois é a veia que pode apresentar varizes; a veia que é usada em cirurgias de bypass e a veia que é usada para fins de canulação. Conclui-se, portanto, que a compreensão da variação aqui relatada é importante para auxiliar os profissionais da saúde nos diagnósticos e nas decisões terapêuticas e cirúrgicas.
IDENTIFICAÇÃO DA VARIAÇÃO ANATÔMICA DA VEIA SAFENA MAGNA DURANTE CURSO DE DISSECAÇÃO CADAVÉRICA
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DOI: 10.22533/at.ed.1002313065
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Palavras-chave: Dissecção cadavérica. Variação anatômica. Veia safena magna.
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Keywords: Cadaveric dissection. Anatomical variation. Great saphenous vein.
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Abstract:
The great saphenous vein is superficial, formed by the union of the dorsal vein of the great toe and the dorsal venous arch of the foot. In its most common route and composition, the great saphenous vein ascends anteriorly to the medial malleolus, follows posteriorly to the medial condyle of the femur, crosses the saphenous hiatus in the fascia lata, and drains into the femoral vein. During its ascending course in the leg and thigh, it receives several tributaries and communicates directly with the small saphenous vein in several places, being able to unite and form an accessory vein. Its variations can make catheterization procedures difficult, as well as cause problems in the treatment of varicose veins. The objective of this work is to describe the anatomical variation of the morphology of the great saphenous vein of a cadaver observed during a course of cadaveric dissection of the lower limbs. The dissection took place in a male human cadaver, fixed and preserved in formaldehyde and made available by the institution itself, as well as the dissection materials and equipment and individual protection. For practice, a script was made available in advance by the professor with the anatomical structures that would be possible to be observed during the dissection of the upper and lower limbs at that moment, such as muscles, tendons, veins, arteries and nerves. The great saphenous vein was almost completely duplicated during its course in the left leg. Both great saphenous veins originated from the dorsal arch of the foot and the dorsal hallucis vein. These veins run almost parallel to each other along the left leg with a space of three (3) centimeters between them and with the same caliber. On the medial aspect of the knee, these two veins unite to form a common great saphenous vein, which follows its ascending course on the medial aspect of the left thigh to the femoral triangle. Knowledge of the normal great saphenous vein and its variations is useful, as it is the vein that can present varicose veins; the vein that is used in bypass surgeries and the vein that is used for cannulation purposes. It is concluded, therefore, that understanding the variation reported here is important to assist health professionals in diagnoses and in therapeutic and surgical decisions.
- Maria Clara Del Pintor Pasotti
- Kamilly Rodrigues Costa Lopes
- Barbara Cardoso de Oliveira
- Mayra da Silva Gonçalves Alencar
- Carlos Tostes Guerreiro