Humanização da Assistência Farmacêutica para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos
Introdução: O uso irracional de medicamentos constitui-se como um problema global de saúde pública. No Brasil, observa-se o aumento do número de pessoas intoxicadas por medicamentos, bem como aumento de microrganismos resistentes. A humanização em saúde pode potencializar não somente o uso correto de medicamentos, mas também fortalecer o vínculo entre profissional e usuário. Diante disso, objetivou-se, neste estudo, realizar uma pesquisa bibliográfica para investigar a produção científica a respeito da humanização da assistência farmacêutica e o uso racional de medicamentos. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada com base na pergunta “O que a literatura científica apresenta a respeito de humanização, assistência farmacêutica e uso racional de medicamentos?’’, com levantamento de informações na base de dados Capes, Scielo e Pubmed Central. Os descritores utilizados foram “Humanização”, ‘‘Assistência Farmacêutica’’ e “Uso racional de medicamentos”, no período de 2005 a 2018. Resultados: Foram selecionados e analisados sete artigos cujos achados apontam que, apesar de ser disseminada a importância de uma boa orientação a respeito do uso dos medicamentos dispensados em unidades básicas de saúde, são poucas as unidades que realizam uma orientação individual do paciente em um ambiente que permita um atendimento humanizado. Quando analisada a utilização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), constata-se que são poucos os profissionais que realizam a prescrição com medicamentos que a compõe. Soma-se a isso a ocorrência da polifarmácia - o uso de mais de três medicamentos por um mesmo paciente, o que facilita que sejam confundidas as orientações. A esse respeito, a média de uso relatada era de 2,4 medicamentos por prescrição, com a inclusão de antibióticos. Discussão: Uma prática positiva e aliada das campanhas de conscientização sobre o uso racional de medicamentos é a clínica de profissionais farmacêuticos que podem realizar uma revisão farmacoterapêutica específica para cada paciente, além de orientaro seu uso. Contudo, esta prática clínica pouco ocorre nas unidades de saúde. Conclusão: Torna-se necessário preparar os farmacêuticos para realizarem orientações, revisões sobre a terapia escolhida e participarem de reuniões interdisciplinares e multidisciplinares para a melhoria do atendimento dos pacientes, além de prepararem as unidades de saúde para tais práticas. Deve-se aumentar ou criar disciplinas clínicas durante o curso de graduação, além de estar associar essa prática com ao estabelecimento de de espaços que permitam essa prática.
Humanização da Assistência Farmacêutica para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos
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DOI: 10.22533/at.ed.09420230411
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Palavras-chave: Humanização; Assistência Farmacêutica; Uso Racional de Medicamentos.
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Keywords: Humanization; Pharmaceutical care; Rational Use of Medicines.
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Abstract:
Introduction: Irrational use of medicines is a global public health problem. In Brazil, there is an increase in the number of people intoxicated by drugs, as well as an increase in resistant microorganisms. Humanization in health can not only potentiate the correct use of medicines, but also strengthen the bond between professional and user. Therefore, the objective of this study was to conduct a bibliographic research to investigate the scientific production regarding the humanization of pharmaceutical care and the rational use of medicines. Methodology: This is a literature review based on the question “What does the scientific literature present about humanization, pharmaceutical care and rational use of medicines?”, With information collected in the Capes, Scielo and Pubmed database. Central. The descriptors used were “Humanization”, “'Pharmaceutical Assistance' 'and“ Rational Use of Medicines ”, from 2005 to 2018. Results: Seven articles were selected and analyzed whose findings indicate that, despite the widespread importance of a Good guidance regarding the use of medicines dispensed in basic health units, there are few units that provide individual guidance of the patient in an environment that allows humanized care. When analyzing the use of the National List of Essential Medicines (RENAME), it appears that there are few professionals who make the prescription with medicines that compose it. Added to this is the occurrence of polypharmacy - the use of more than three medications by the same patient, which makes it easier to confuse the guidelines. In this regard, the reported average use was 2.4 medications per prescription, with the inclusion of antibiotics. Discussion: A positive and allied practice of awareness-raising campaigns on rational drug use is the clinic of pharmaceutical professionals who can perform a specific pharmacotherapeutic review for each patient and guide their use. However, this clinical practice rarely occurs in health facilities. Conclusion: It is necessary to prepare pharmacists to conduct guidance, reviews on the therapy chosen and participate in interdisciplinary and multidisciplinary meetings to improve patient care, and prepare health facilities for such practices. Clinical disciplines should be increased or created during the undergraduate course, and this practice should be associated with the establishment of spaces that allow this practice.
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Número de páginas: 13
- Thaís Barbosa de Oliveira
- Maria Inez Montagner
- Miguel Ângelo Montager
- Jéssica Luciano da Costa