HISTÓRIA DA ARTE COMO PARTILHA DE UM MUNDO POR VIR E A CRIAÇÃO DE UMA COMUNIDADE SENSÍVEL
Na sociedade atual, percebe-se uma
constante e até avassaladora recusa ao passado,
uma ânsia pelo novo, o desejo sem limites
pelo contemporâneo, entendido como o aqui e
agora. Defende-se neste artigo, a necessidade
da compreensão de um sentido de herança e
transmissão, considerando que existe um valor
particularmente frágil, o da compreensão do
mundo humano, que passa pela leitura das
obras e de nossos legados e antepassados,
incluindo o valor dos clássicos. Assim, podese
dizer que é preciso legar uma exigência
de transmissão e um valor essencial, que é a
paixão de compreender. Como lidar com esta
questão, entendendo que a obra de arte é uma
obra de arte e não um objeto histórico qualquer,
em um país vocacionalmente fadado ao
moderno e com tantas resistências ao passado,
que parece aspirar a um presente eterno e sem
memória? Para que serve a história da arte?
HISTÓRIA DA ARTE COMO PARTILHA DE UM MUNDO POR VIR E A CRIAÇÃO DE UMA COMUNIDADE SENSÍVEL
-
DOI: 10.22533/at.ed.2642017018
-
Palavras-chave: História da Arte; Transmissão e herança; Arte como partilha
-
Keywords: History of Art; Transmission and inheritance; Art as sharing.
-
Abstract:
In today’s society, one perceives a
constant and even overwhelming refusal to the
past, an eagerness for the new, the boundless
desire for the contemporary, understood as
the here and now. In this article, the need of
understanding a sense of inheritance and
transmission id defended, considering that
there is a particularly fragile value, that of the
comprehension of the human world, through
reading the works and our legacies and
ancestors, including the value of classics.
Thus, it may be said that one has to bequeath a
demand for transmission and an essential value,
which is the passion to understand. How to deal
with this question, understanding that the work
of art is a work of art and not a historical object
whatsoever, in a country vocationally fated to
the modern and with so much resistance to the
past, that seems to aspire to an eternal and
without memory present? What is the history of
art for?
-
Número de páginas: 11
- sandra makowiecky