HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DA LACTOSE PRESENTE NO SORO DE LEITE: ENZIMA LIVRE E IMOBILIZADA
A intolerância à lactose consiste na redução da capacidade do organismo em hidrolisar este carboidrato. Logo, a hidrólise da lactose presente no soro de leite tem sido uma alternativa, que além de possibilitar sua aplicação em produtos destinados à população que sofre de intolerância, contribui para diminuição do impacto ambiental causado por este subproduto. A reutilização da enzima oferecida pelo sistema de imobilização torna esta técnica vantajosa quando comparada à forma livre, que impossibilita a estabilidade da enzima para usos prolongados. Portanto, objetivou-se avaliar a hidrólise da lactose presente no soro de leite bovino, com enzima livre e imobilizada. Utilizou-se a enzima β-galactosidase (Kluyveromyces lactis) e a técnica de aprisionamento em esferas de alginato para imobilização. O procedimento consistiu no gotejamento de uma mistura de enzima e solução de alginato de sódio 4% (1:4) sobre uma solução de cloreto de cálcio 0,2 M, sob agitação. A atividade enzimática foi determinada por método espectrofotométrico utilizando como substrato o ortho-nitrophenyl-β-D-galactoside (ONPG) para reação com a enzima. A concentração de glicose das amostras após a hidrólise foi determinada por método espectrofotométrico utilizando kit enzimático glicose-oxidase. A imobilização da β-galactosidase nas esferas de alginato foi eficiente e apresentou bom rendimento, com valores de 79,8 e 85,2%, respectivamente. Verificou-se maior atividade enzimática em pH 7,0 e a 35 ºC, para ambas as formas da enzima. Foi observada maior estabilidade para a enzima imobilizada, enquanto que a enzima livre resultou em maior conversão da lactose. Estes resultados podem ser explicados pela proteção conferida à enzima pelas esferas de alginato, o que implica na redução da transferência de massa.
HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DA LACTOSE PRESENTE NO SORO DE LEITE: ENZIMA LIVRE E IMOBILIZADA
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DOI: 10.22533/at.ed.07521130828
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Palavras-chave: β-galactosidase; Esferas de alginato; Atividade enzimática; Soro de leite bovino.
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Keywords: β-galactosidase; Alginate spheres; Enzymatic activity; Bovine whey.
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Abstract:
Lactose intolerance consists of reducing the organism's ability to hydrolyze this carbohydrate. Therefore, the hydrolysis of lactose present in whey has been an alternative, which in addition to enabling its application in products intended for the population suffering from intolerance, contributes to reducing the environmental impact caused by this by-product. The reuse of the enzyme offered by the immobilization system makes this technique advantageous when compared to the free form, which prevents the stability of the enzyme for prolonged uses. Therefore, the objective was to evaluate the hydrolysis of lactose present in bovine whey, with free and immobilized enzyme. The enzyme β-galactosidase (Kluyveromyces lactis) and the imprisonment technique in alginate spheres were used for immobilization. The procedure consisted of dripping a mixture of enzyme and 4% sodium alginate solution (1:4) over a 0.2 M calcium chloride solution, under stirring. The enzymatic activity was determined by a spectrophotometric method using as substrate the ortho-nitrophenyl-β-D-galactoside (ONPG) for reaction with the enzyme. The glucose concentration of the samples after hydrolysis was determined by a spectrophotometric method using an enzyme glucose-oxidase kit. The immobilization of β-galactosidase in alginate spheres was efficient and showed good yield, with values of 79.8 and 85.2%, respectively. Higher enzymatic activity was found at pH 7.0 and at 35 ºC, for both forms of the enzyme. Greater stability was observed for the immobilized enzyme, while the free enzyme resulted in greater conversion of lactose. These results can be explained by the protection afforded to the enzyme by the alginate spheres, which implies in the reduction of mass transfer.
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Número de páginas: 15
- Alessandro Nogueira
- Agnes de Paula Scheer
- Aline Brum Argenta