HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA: FATORES ASSOCIADOS AO ÓBITO
Analisou-se a associação de mortalidade com variáveis clínicas, antropométricas e sociodemográficas em recém-nascidos com hérnia diafragmática congênita. O estudo foi baseado em fonte de dados secundária de 1995 a 2015 em um serviço de cirurgia pediátrica de referência do Sul do Brasil. O óbito foi a variável dependente. Para verificar a associação das variáveis com o óbito foi utilizado o teste qui-quadrado em nível de significância de 5%. Dos 70 pacientes analisados, 53 (75,7%) nasceram a termo, 42 (60%) eram do sexo masculino, e 57 (81,4%) apresentaram peso adequado. O diagnóstico pré-natal foi realizado em 29 pacientes (41,4%). Quatorze (20%) tiveram Apgar ≤ 3 no primeiro minuto, e destes 10 (14,3%) evoluíram para óbito (p=0,03). Foram operados 57 recém-nascidos (81,4%), e 13 (18,6%) não apresentaram condições clínicas. Dos operados 57 (100%) foram submetidos a laparotomia subcostal esquerda, 26 (45,6%) foram operados nas primeiras 24 h, e 24 (42,1%) apresentaram o fígado no tórax. Sobreviveram no pós-operatório 38 pacientes (66,7%), 2 (3,5%) recidivaram, e 6 (10,5%) necessitaram de tela. A hérnia de Bochdalek à esquerda foi a mais frequente em 60 recém-nascidos (85,7%), 9 (12,9%) tiveram cardiopatia, e 17 (24,3%), outras malformações. O óxido nítrico inalatório (ONi) foi utilizado em 24 recém-nascidos (34,3%), e 16 destes (22,9%) evoluíram para óbito (p=0,01). Dos 33 (47,1%) que apresentaram barotrauma 21 (30%) não sobreviveram (p=0,004). As variáveis Apgar ≤ 3 no primeiro minuto, hipertensão pulmonar com necessidade de ONi e barotrauma foram preditoras para a mortalidade.
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA: FATORES ASSOCIADOS AO ÓBITO
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DOI: 10.22533/at.ed.79319231216
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Palavras-chave: Hérnia diafragmática. Recém-nascido. Mortalidade perinatal. Sobrevida.
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Keywords: Diaphragmatic hernia. Newborn. Perinatal mortality. Survival.
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Abstract:
To analyze the association of mortality with clinical, anthropometric and sociodemographic variables in newborns with congenital diaphragmatic hernia. Study in a secondary data source from 1995 to 2015, in a reference pediatric surgery service in southern Brazil. Death was the dependent variable. To verify the association of variables with death, the chi-square test was used at a significance level of 5%. Of the 70 patients analyzed, 53 (75.7%) were born at term, 42 (60%) were males and 57 (81.4%) presented adequate weight. The previous diagnosis was made in 29 (41.4%). Fourteen (20%) had Apgar ≤ 3 in the 1st minute and of these, 10 (14.3%) evolved to death (p=0.03). Fifty-seven (81.4%) newborns were operated and 13 (18.6%) had no clinical conditions, 57 (100%) underwent left subcostal laparotomy, 26 (45.6%) underwent surgery in the first 24 hours, and 24 (42.1%) underwent the liver in the chest. Thirty-eight patients (66.7%) survived in the postoperative period, 2 (3.5%) relapsed and 6 (10.5%) required a screen. The left hernia of Bochdalek was more frequent in 60 (85.7%) newborns, 9 (12.9%) had heart disease and 17 (24.3%) other malformations. Inhaled nitric oxide (iNO) was used in 24 infants (34.3%) and 16 (22.9%) evolved to death (p=0.01). Of the 33 (47.1%) who presented barotrauma, 21 (30%) did not survive (p=0.004). The variables Apgar ≤ 3 at the 1st minute, pulmonary hypertension requiring iNO and barotrauma were predictive of mortality.
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Número de páginas: 15
- José Antonio de Souza
- Cristina Reuter
