Herança africana e memória da escravidão: patrimônio, espaço e dinâmicas políticas na zona portuária do Rio de Janeiro
O presente artigo pretende discutir a
partir do atual contexto da zona portuária do Rio
de Janeiro como o espaço da região vem sendo
reelaborado em torno das reivindicações da
memória da escravidão e da herança africana,
bem como do resgate da história da chamada
“Pequena África”, que ultrapassa as fronteiras
do espaço portuário, revigorando debates
políticos ligados à memória social regional,
nacional e ao patrimônio afro-brasileiro. O eixo
principal do artigo estará no reconhecimento
do Cais do Valongo como patrimônio da
humanidade pela Unesco e na construção
inicial do projeto do inicialmente denominado
“Museu da Escravidão e Liberdade” – atual
Museu da História e da Cultura Afrobrasileira,
sem esquecer sua interligação com outras
questões que ocorrem paralelamente. Assim,
pretendemos problematizar o processo vivido
pela região dando um panorama geral do seu
desenvolvimento e das discussões políticas
em torno da história, memória e patrimônio que
foram sistematicamente apagadas naquele
espaço, que ao mesmo tempo que se transforma
urbanisticamente, também se transforma
simbolicamente, e essas transformações
geram novas relações sócio-espaciais e
territorialidades.
Herança africana e memória da escravidão: patrimônio, espaço e dinâmicas políticas na zona portuária do Rio de Janeiro
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DOI: 10.22533/at.ed.25219250617
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Palavras-chave: zona portuária, patrimônio afro-brasileiro, espaço, memória social.
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Keywords: Atena
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Abstract:
Atena
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Número de páginas: 15
- Hannah da Cunha Tenório Cavalcanti