HÁBITOS ALIMENTARES DE Atlantoraja castelnaui (ELASMOBRANCHII: RAJIDAE, ARHYNCHOBATIDAE) NO SUDESTE-SUL DO BRASIL*
A raia-chita (Atlantoraja castelnaui) é endêmica do sudoeste do Atlântico distribuindo-se do sudeste do Brasil (desde o Rio de Janeiro) a Argentina. Ela está agrupada na categoria "raia-emplastro". Considerada como "ameaçada de extinção" na Lista Vermelha da IUCN, no entanto ainda não há medidas de proteção. Os dados foram coletados em dois períodos distintos: no 1o período foi de junho de 2005 a abril de 2006, através da capturada de arrasto de parelha; obteve-se 51 exemplares sendo 51% fêmeas (variando de 26,2 a 106 cm de comprimento total-CT) e 49% machos (28 a 106 cm CT). Analisando-se o conteúdo estomacal o grupo dos teleósteos representou 67% seguido pelo dos crustáceos 33%; no 2o período de julho de 2012 a fevereiro de 2014, através da captura de rede-de-arrasto-duplo de camarão-rosa; obteve-se 83 exemplares sendo 53% machos (variando de 51,5 a 105 cm CT) e 47% fêmeas (32 a 111 cm CT); observando-se o conteúdo estomacal o grupo dos teleósteos totalizou 99,1% (Mullus argentinae; Trachurus lathami; Prionatus punctatus; Cynoscion jamaicensis; Cynoscion microlepdopus; Dactylopterus volitans; Opsanus brasiliensis; Porichthys porosissimus; Pseudocaranx dentex e Bothus sp; e Cynoscion spp), seguido dos crustáceos 0,9% (ordem decápode). A pesca de arrasto captura indivíduos adultos e juvenis por compartilharem da mesma área, no entanto os juvenis são a maioria. A dieta alimentar de A. castelnaui seja para juvenis ou adultos, independentemente do sexo, é composta de crustáceos, moluscos e preferivelmente de teleósteos.
HÁBITOS ALIMENTARES DE Atlantoraja castelnaui (ELASMOBRANCHII: RAJIDAE, ARHYNCHOBATIDAE) NO SUDESTE-SUL DO BRASIL*
-
DOI: 10.22533/at.ed.2892027078
-
Palavras-chave: Raia-chita, Raia-emplastro, Conteúdo estomacal, IRI
-
Keywords: spotback, raia-emplastro, stomach contents, IRI
-
Abstract:
The spotback skate (Atlantoraja castelnaui) is endemic to the southwestern Atlantic and is distributed from southeastern Brazil (from Rio de Janeiro) to Argentina. It is grouped in the "raia-emplasto" category. Considered "threatened with extinction" on the IUCN Red List, however, there are still no protective measures. The data were collected in two different periods: in the first period it was from June 2005 to April 2006, through the capture of bottom pair trawl; 51 specimens were obtained, 51% female (ranging from 26.2 to 106 cm in total length-TL) and 49% male (28 to 106 cm TL). Analyzing the stomach contents, the group of teleosts represented 67%, followed by crustaceans, 33%; in the 2nd period from July 2012 to February 2014, through the capture of double shrimp bottom trawls; 83 specimens were obtained, 53% male (ranging from 51.5 to 105 cm TL) and 47% female (32 to 111 cm TL); observing the stomach content, the group of teleosts totaled 99.1% (Mullus argentinae; Trachurus lathami; Prionatus punctatus; Cynoscion jamaicensis; Cynoscion microlepdopus; Dactylopterus volitans; Opsanus brasiliensis; Porichthys porosissimus; , followed by 0.9% crustaceans (order of decapod). Trawl fishing captures adult and juvenile individuals for sharing the same area, however juveniles are the majority. A. castelnaui's diet, whether for juveniles or adults, regardless of sex, is composed of crustaceans, molluscs and preferably teleosts.
-
Número de páginas: 21
- Natalia Della-Fina
- Bárbara Piva-Silva
- Carina Casu Amorim Souza
- Rodrigo Risi Pereira Barreto
- Thiago Dal Negro
- Alberto Ferreira de Amorim