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capa do ebook GESTÃO DE ÁGUA, ZIKA E OS CASOS DE MICROCEFALIA NO NORDESTE DO BRASIL

GESTÃO DE ÁGUA, ZIKA E OS CASOS DE MICROCEFALIA NO NORDESTE DO BRASIL

A desigualdade social no Brasil é revelada por vários fatores, tais como insegurança alimentar, habitações em locais inapropriados, insalubridade ambiental, falta de saneamento básico, entre outros, e a situação ainda é mais emergente quando se trata de saúde pública. Se o novo coronavírus (SARS-CoV-2) hoje assola a humanidade de forma pandêmica, infelizmente, as epidemias por arboviroses ainda não nos deixaram em pleno século XXI. Assim, o objetivo desse trabalho foi demonstrar como as condições de saneamento básico e disponibilidade hídrica agravaram a incidência de síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika na região Nordeste do país. Para isso, foi realizada pesquisa qualitativa, com levantamento bibliográfico acerca do tema, além de levantamentos de dados secundários quanto à evolução epidemiológica da doença, assim como dos índices de abastecimento de água e esgotamento sanitário daquela região. Como resultado, constata-se que entre 2015 e 2019 mais de dois mil casos de microcefalia e outras malformações congênitas pelo vírus Zika foram registrados na região, o que corresponde a 62,5% do total de casos do Brasil nesse período. Entende-se que a discrepância desses dados em relação ao restante do país ocorreu pela interação com outras doenças aliadas às condições socioeconômicas da população da região. A região Nordeste concentrou a maior parte dos casos de microcefalia, alcançando cerca de 62% dos casos registrados no país. Destaca-se que a epidemia de microcefalia coincidiu com uma seca severa em Pernambuco, fazendo com que houvesse menos água nos reservatórios, e muitíssimo provavelmente causando a maior concentração de toxinas na água consumida pela população, com a consequente potencialização da ação do vírus da Zika na população daquele estado.

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GESTÃO DE ÁGUA, ZIKA E OS CASOS DE MICROCEFALIA NO NORDESTE DO BRASIL

  • DOI: 10.22533/at.ed.82122220814

  • Palavras-chave: Microcefalia; seca; Nordeste

  • Keywords: Microcephaly; drought; North East

  • Abstract:

    Social inequality in Brazil is revealed by several factors, such as food insecurity, housing in inappropriate places, environmental insalubrity, lack of sanitation, among others, and the situation is even more emerging when it comes to public health. If the new coronavirus (SARS-CoV-2) is currently ravaging humanity in a pandemic way, unfortunately, arbovirus epidemics have not yet left us in the 21st century. Thus, the objective of this study was to demonstrate how the conditions of sanitation and water availability worsened the incidence of congenital syndrome associated with Zika virus infection in the Northeast region of the country. For this, a qualitative research was carried out, with a bibliographic survey on the subject, in addition to surveys of secondary data regarding the epidemiological evolution of the disease, as well as the water supply and sewage indices of that region. As a result, it appears that between 2015 and 2019 more than two thousand cases of microcephaly and other congenital malformations by the Zika virus were registered in the region, which corresponds to 62.5% of the total cases in Brazil in that period. It is understood that the discrepancy of these data in relation to the rest of the country occurred due to the interaction with other diseases allied to the socioeconomic conditions of the population in the region. The Northeast region concentrated most of the cases of microcephaly, reaching about 62% of the cases registered in the country. It is noteworthy that the microcephaly epidemic coincided with a severe drought in Pernambuco, causing there to be less water in the reservoirs, and most likely causing a higher concentration of toxins in the water consumed by the population, with the consequent potentiation of the action of the Zika virus in the population of that state.

  • Número de páginas: 14

  • Alessandra Moraes da Rocha
  • Carlos José Sousa Passos
  • ESTELA MIRIDAN ROSAS
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