GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O QUE DIZEM CRIANÇAS E PROFESSORAS?
O objetivo principal deste artigo é compreender as relações de gênero nos modos como as crianças interagem no contexto da Educação Infantil. A pesquisa foi desenvolvida em uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) de Rondonópolis, Mato Grosso, em uma turma do 2º Agrupamento do 2º Ciclo, tendo como sujeitos uma educadora efetiva da Rede Pública Municipal, graduada em Pedagogia, e 20 crianças com idades entre 5 e 6 anos. Ainda para a construção deste estudo foram utilizados procedimentos metodológicos da pesquisa qualitativa etnográfica, esta investigação tem, também, se deparado com feminilidades e masculinidades que são produzidas na escola. Nesse sentido, observa-se que, em suas relações de gênero, as crianças aprendem comportamentos padronizados socialmente, que repercutem em seus modos de ser menino e menina. Constatou-se que os discursos presentes em sala de aula são pautados em relações binárias, que demarcam os tempos, os espaços e os objetos que pertencem a meninos e meninas. Ainda assim, apesar de todas as estratégias para adequar as crianças a padrões normativos de comportamento foi observado, que existem situações em que as crianças manifestam resistências ao que lhes é imposto, seja por meio de disputas, confrontos ou escapes, demonstrando que há sempre possibilidades para construir outros modos de ser e de agir com relação aos gêneros.
GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: O QUE DIZEM CRIANÇAS E PROFESSORAS?
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DOI: 10.22533/at.ed.77921131212
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Palavras-chave: Infância. Educação Infantil. Relações de Gênero. Corpo.
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Keywords: GENDER IN EARLY CHILDHOOD EDUCATION: WHAT DO CHILDREN AND TEACHERS SAY?
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Abstract:
The main objective of this article is to understand gender relations in the ways in which children interact in the context of Early Childhood Education. The research was developed in a Municipally-run School of Early Childhood Education (EMEI) in the city of Rondonópolis, State of Mato Grosso, in a 2nd group class of the 2nd cycle. As subjects, one of them was a permanent educator of the Municipal Public Sector (a Pedagogy graduate), and 20 children aged between 5 and 6 years old. For the formulation of this study, methodological procedures of qualitative ethnographic research have also been used. Moreover, this research has also been facing feminine and masculine traits that are formed in school. In this sense, it is observed that, in their gender relations, children learn socially standardized behaviors that have repercussions on their ways of being a boy or a girl. It was found that the classroom discourses are based on gender binary relationships, which demarcate the times, environments and objects that belong to boys and girls. Still, despite all the strategies to adapt children to normative patterns of behavior, it was observed that there are situations in which children manifest resistance to what is imposed on them, whether through disputes, clashes or slips. As a result, such reactions demonstrate that there are always possibilities to shape different ways of being and acting in relation to genders.
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Número de páginas: 15
- GISLENE CABRAL DE SOUZA