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capa do ebook Gênero, Filosofia e Direitos: O Feminismo e o Liberalismo Político

Gênero, Filosofia e Direitos: O Feminismo e o Liberalismo Político

Apesar de popular nos dias de hoje, é um equívoco pensar que o feminismo é um movimento uníssono. Ao contrário, o movimento feminista comporta diversas correntes internas que são melhor compreendidas a partir da história do movimento feminista, sobretudo em sua relação com o liberalismo político. Apesar de ter surgido em meio aos ideais liberais do século XVII, o movimento feminista pode ser considerado um movimento crítico ao liberalismo clássico, sobretudo à rigidez da dicotomia liberal entre esfera pública e esfera privada. Como denunciam as feministas, em nome da autonomia do indivíduo, o liberalismo clássico considerou a vida doméstica impenetrável à intervenção externa, o que tornou a desigualdade de gênero opaca aos olhos da sociedade e do Estado. Apesar da crítica feminista ao liberalismo clássico, as feministas discordam quanto à capacidade das teorias liberais contemporâneas em responder às suas reinvidicações. Nessa medida, consideramos que isso divide o feminismo contemporâneo, ao menos, em duas diferentes correntes, a radical e a liberal. Ao passo que o feminismo liberal defende que o liberalismo contemporâneo responde adequadamente às reivindicações feministas, o feminismo radical afirma que não é possível uma composição entre o liberalismo e o feminismo.

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Gênero, Filosofia e Direitos: O Feminismo e o Liberalismo Político

  • DOI: 10.22533/at.ed.19221080116

  • Palavras-chave: Feminismo; Desigualdade de gênero; Liberalismo político.

  • Keywords: Feminism; Gender inequality; Political liberalism.

  • Abstract:

    Although popular nowadays, it is a frequent mistake to think that feminism is a unitary movement. Instead, the feminist movement comprises several internal trends and it is better comprehended from a philosophical point of view. This approach starts with the reconstruction of the rise of the feminist movement among the liberal ideals of the seventeenth century and explains the strong critique of liberalism made by some authors of contemporary feminism. The most scathing critique of feminism to political liberalism lies with the rigidity of the dichotomy between public and private spheres, which, in the name of individual autonomy, would make the domestic life impenetrable to external intervention. This makes gender inequality in private life and domestic violence against women opaque in both the society and the State’s eyes. Belief or disbelief in the ability of contemporary liberal theories to answer feminist critiques is what currently divides feminists into either liberal or radical feminism.

  • Número de páginas: 12

  • Vitor Amaral
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