FUNCTIONAL CAPACITY ASSESSMENT OF HUMAN T CELL LYMPHOTROPIC VIRUS CARRIERS IN NORTHEAST OF AMAZONIA
O vírus linfotrópico de células T humanas é um retrovírus com baixa patogenicidade e latência de longo prazo, que geralmente está associado à leucemia / linfoma de células T do adulto e a uma doença neurológica denominada mielopatia associada ao HTLV / paraparesia espástica tropical. Quatro subtipos são conhecidos atualmente, porém o HTLV-1 está relacionado a doenças, neoplásicas e inflamatórias; aqui estamos considerando também as manifestações neurológicas, musculoesqueléticas e reumatológicas, que costumam influenciar a função motora e a qualidade de vida desses pacientes. Objetivo: Avaliar a capacidade funcional de pacientes infectados com o vírus linfotrópico de células T humanas. Métodos: O desenho do estudo é transversal. A pesquisa foi desenvolvida com 53 indivíduos infectados pelo HTLV, de ambos os sexos, acompanhados no Centro de Medicina Tropical, na cidade de Belém, Pará, Brasil. Cada paciente foi avaliado uma vez com um instrumento: escala de medida funcional (FIM). Resultados: A maioria dos portadores era do sexo feminino, com intervalo de infecção de 5 anos e, de acordo com a capacidade funcional, a maioria era independente nas atividades de vida diária, instrumental e ocupacional, mesmo na presença de queixas sensório-motoras. Percebeu-se leve perda nas atividades que exigem maior demanda dos membros inferiores, principalmente nas tarefas mais complexas que utilizam toda a cadeia muscular, como caminhar e subir escadas. Também foram relatadas queixas de disfunção esfincteriana, e estudos recentes têm mostrado que esta alteração é um dos primeiros sinais de progressão da doença e pode ser considerada um sintoma precoce de mielopatia. Conclusões: A maioria dos 53 pacientes era independente na função motora, embora quase todos apresentassem alguma queixa sensório-motora, mas com algumas limitações. Aqueles com queixas relacionadas a deficiências graves foram uma exceção. A perda por disfunção esfincteriana deve ser acompanhada devido à possibilidade de se tornar um marcador de comprometimento motor.
PALAVRAS-CHAVE: HTLV, disfunção motora, incapacidade, capacidade funcionall, HAM-TSP.
FUNCTIONAL CAPACITY ASSESSMENT OF HUMAN T CELL LYMPHOTROPIC VIRUS CARRIERS IN NORTHEAST OF AMAZONIA
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DOI: 10.22533/at.ed.67920121110
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Palavras-chave: HTLV, disfunção motora, incapacidade, capacidade funcionall, HAM-TSP.
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Keywords: HTLV, Motor function, disability, functional capacity, HAM-TSP.
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Abstract:
Background: The Human T cell Lymphotropic Virus is a retrovirus with low pathogenicity and long term latency, which is usually associated to Adult T cell Leukemia/Lymphoma and to a neurological disease named HTLV-Associated Myelopathy/Tropical Spastic Paraparesis. Four subtypes are currently known, but the one related to harmful illnesses is HTLV-1, leading to neoplasic and inflammatory disesases; here we are considering also neurological, musculoskeletal and rheumatologic manifestations, which usually influence motor function and quality of life of these patients. Objective: To assess functional capacity of patients infected with Human T cell Lymphotropic Virus. Methods: It is a cross-sectional study. The research was developed with 53 HTLV infected individuals from both genders, followed at Tropical Medicine Center, in the city of Belém, Pará, Brazil. Each patient was evaluated once with one instrument: a functional measurement scale, the Functional Independence Measure scale. Results: Most of carriers were women, with a range of infection of 5 years, and were, according to functional capacity, mostly independent on their daily living, instrumental and occupational activities, even in the presence of sensory-motor complaints. A slight loss in activities requiring greater demand of the lower limbs was noticed, especially in more complex tasks using the whole chain muscle, such as walking and climbing stairs. Complaints about sphincter dysfunction were also reported, so we must give attention to this because recent studies have shown that sphincter dysfunction is one of the first signals of disease progression and could be considered an early symptom of myelopathy. Conclusions: Most of the 53 patients were independent on their motor function, although almost all of them had any sensory-motor complaints, but with a few limitations. Those with complaints related to severe disability were an exception. Lost on sphincter dysfunction must be followed due to the possibility of becoming a marker of motor impairment.
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Número de páginas: 13
- Vania Ribeiro brilhante
- Cibele Nazaré Câmara Rodrigues
- Sueli Maria Fernandes Marques
- Rita Catarina Medeiros Souza
- LILA TEIXEIRA DE ARAUJO