Frequência de sintomas depressivos e fatores associados em mulheres idosas comunitárias com condições musculoesqueléticas dolorosas
O objetivo deste estudo foi estimar e comparar a frequência de sintomas depressivos entre idosas com dor musculoesquelética e idosas livres de qualquer dor, e investigar os fatores associados aos sintomas depressivos nas idosas que relataram dor. Participaram do estudo 291 mulheres, as quais foram divididas em dois grupos: idosas com dor (n=224) e idosas livres de qualquer dor (n=67). Os sintomas depressivos foram avaliados pela escala GDS-15. As seguintes variáveis foram correlacionadas com o escore da GDS-15, utilizando o teste de correlação de Spearman: idade, escolaridade, renda, IMC, atividade física, número de comorbidade e de medicamentos, força muscular, teste TUG e intensidade da dor. As variáveis cuja correlação com os sintomas depressivos apresentaram um valor P<0,20 foram inseridas em um modelo de regressão linear múltipla. A frequência de sintomas depressivos nas idosas com dor foi significativamente maior do que nas idosas sem dor (P<0,001). As variáveis IMC, número de comorbidades e de medicamentos e intensidade da dor foram significativamente correlacionadas aos sintomas depressivos na análise bivariada (P<0,20). Contudo, no modelo de regressão linear múltipla, apenas as variáveis IMC, número de comorbidades e de medicamentos, mantiveram-se significativamente associadas aos sintomas depressivos (P<0,05). O modelo final explicou 62% da variação no escore da GDS-15 no grupo de idosas com dor e sintomas depressivos. Manifestações depressivas são comuns em idosas com condições musculoesqueléticas dolorosas. Embora o IMC, o número de comorbidades e de medicamentos expliquem mais de 60% da variação nos escores de sintomas depressivos, outros fatores devem ser investigados futuramente.
Frequência de sintomas depressivos e fatores associados em mulheres idosas comunitárias com condições musculoesqueléticas dolorosas
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DOI: 10.22533/at.ed.94619231212
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Palavras-chave: Dor. Sintomas depressivos. Depressão. Idosos.
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Keywords: Pain. Depressive symptoms. Depression. Older adults.
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Abstract:
This study estimated and compared the frequency of depressive symptoms between older women with and without musculoskeletal pain, and investigated factors associated with depressive symptoms in those who reported pain. Two hundred and ninety-one women participated in the study and were divided into two groups: older women with (n=224) and without any pain (n=67). Depressive symptoms were assessed by the GDS-15 scale. The following variables were correlated with the GDS-15 score using the Spearman's correlation test: age, schooling, income, BMI, physical activity, number of comorbidity and medications, muscle strength, TUG test, and pain intensity. Variables whose correlation with depressive symptoms had a PP<0.001). The variables BMI, number of comorbidities and medications, and pain intensity were significantly correlated with depressive symptoms in bivariate analysis (P<0.20). However, in the multiple linear regression model, only BMI, number of comorbidities and medications remained significantly associated with depressive symptoms (P<0.05). The final model explained 62% of the variation in GDS-15 score in the group of older women who reported pain and depressive symptoms. Depressive states are common in older women with painful musculoskeletal conditions. Although BMI, number of comorbidities and medications explain more than 60% of the variation in depressive symptoms scores, other factors should be further investigated.
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Número de páginas: 13
- Bruno de Souza Moreira
- Vitor Tigre Martins Rocha
- Bárbara Zille de Queiroz
- Daniele Sirineu Pereira
- Lygia Paccini Lustosa
- Leani Souza Máximo Pereira
- Juliano Bergamaschine Mata Diz