Frequência de automedicação em alunos do curso de saúde e aspectos relacionados
A automedicação, definida como uma prática de ingerir medicamentos sem auxílio de um profissional apropriado, se configura como um dos vários problemas de saúde pública, influenciada, muitas vezes, pela falta de informação, heranças culturais, propagandas de medicamentos de venda livre, ou até mesmo o nível de conhecimento que o indivíduo possui, sendo adotada por várias pessoas independente de fatores sociais ou econômicos. Nessa perspectiva, esse estudo teve como finalidade analisar o nível de automedicação em universitários brasileiros, identificando as principais classes farmacêuticas e discutir se a prática teve relação com o nível de instrução dos mesmos. Trata-se de uma revisão integrativa, baseada em um estudo bibliográfico de corte longitudinal e caráter exploratório no qual foram selecionados artigos conforme classificação de Melnyk e Fineout-Overholt. Identificou-se, portanto, um total de 1651 estudantes entrevistados, onde 1416 (85,8%) se automedicaram, em sua maioria do gênero feminino, tendo os AINEs como a classe medicamentosa mais administrada (75,9%), sendo a dor a maior motivação. O estudo mostrou que a região Sudeste foi predominante na prática da automedicação, e o nível de conhecimento entre os estudantes influenciou nesta questão, tendo os mesmos relatado se sentirem seguros para tal, além do fato de terem experiências antigas com os medicamentos utilizados. No entanto não houve mudança significativa quando comparado a indicação de parentes ou amigos. Dentre várias questões, surge a dificuldade de encontrar na literatura trabalhos que discutam a prática mais a fundo, demonstrando que há a necessidade de promover discussões e debates dentro desse contexto para contribuir com a promoção da saúde e o bem-estar dentro das instituições de ensino superior e na comunidade.
Frequência de automedicação em alunos do curso de saúde e aspectos relacionados
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DOI: 10.22533/at.ed.02920230717
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Palavras-chave: Automedicação. Saúde do estudante. Farmácia.
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Keywords: Self-medication. Student Health. Pharmacy.
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Abstract:
The practice of self-medication, which is the use of medicines without the guidance of a qualified professional is one of the several problems associated with public health, and it can be frequently influenced by the deficiency of information, cultural baggage, advertisements of nonprescription medicines, or even the person's knowledge of this practice that is adopted by several people despite social and economic factors. In this perspective, this study aimed to analyze the self-medication level in brazilian university students, identifying the most used pharmaceutical groups and discussing if this practice could be related to their educational level. This work is an integrative review of literature, and it is based on a longitudinal and exploratory bibliographic study in which the articles were selected according to the classification of Melnyk and Fineout-Overholt. The research identified a total of 1651 students interviewed, of whom 1416 (85.8%) were self-medicated, mostly female, with NSAIDs as the most administered drug class (75.9%), and pain been the leading motivation. The study showed that the self-medication was predominant in the Southeast region of the country, and the knowledge level of the students influenced this issue, considering their report about feeling confident to make it, beside the fact of their previous experience in the use of these drugs. On the other hand the review demonstrated a low influence of relatives and friends when it comes to the subject in discussion. Among several issues, there was a difficulty in finding available papers in the literature to enable a deeper discussion about this problem, demonstrating the significance to encourage debates in this context to contribute to the promotion of health and well-being inside of the higher education institutions and also in the community.
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Número de páginas: 17
- Vivian Mariano Torres
- Ana Caroline Costa Xavier
- Agda Lucy da Silva Correia