FRAGILIDADE INSTITUCIONAL E CRISE DO PLANEJAMENTO URBANO NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE: UMA CRÍTICA À CIDADE COMO NEGÓCIO
O trabalho aponta contradições
socioespaciais do complexo imobiliário
Reserva do Paiva, na Região Metropolitana
do Recife, com o evidente poder de barganha
das corporações privadas e a fragilidade
institucional do planejamento urbano. Diante do
esvaziamento do planejamento metropolitano,
o papel e os limites da ação do Estado ficam
cada vez mais voltados para ações pontuais,
como a criação de zonas especiais no município
em análise. Uma questão de fundo é que os
megaprojetos imobiliários são concebidos
como um corpo estranho no tecido urbano,
sem qualquer participação das populações do
entorno e da sociedade civil e sob o crivo do
mais evidente exclusivismo socioespacial, o
que resulta num urbanismo que encara a cidade
essencialmente como negócio.
FRAGILIDADE INSTITUCIONAL E CRISE DO PLANEJAMENTO URBANO NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE: UMA CRÍTICA À CIDADE COMO NEGÓCIO
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DOI: Atena
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Palavras-chave: Fragilidade institucional; planejamento urbano; Cabo de Santo Agostinho.
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Keywords: Institutional fragility; urban planning; Cabo de Santo Agostinho.
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Abstract:
The study highlights socio-spatial
contradictions of the real estate complex
Reserva do Paiva in the Metropolitan Region
of Recife, with the obvious bargaining power
of private corporations and the institutional
fragility of the urban planning. Considering the
exhaustion of the metropolitan planning, the
role and limits of the action of the State are
increasingly focused on specific actions, such
as creating special zones in the municipality in
question. A bottom line is that real estate mega
projects are designed as a foreign body in the
urban fabric, without any participation of the
people of the surroundings or of the civil society
and under the scrutiny of the most obvious
socio-spatial exclusivism, which results in an
urbanism, which sees the city, essentially, as a
business.
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Número de páginas: 15
- Adauto Gomes Barbosa