Formação para a cidadania, juventudes e gênero: do legal ao real em escolas paulistas de Educação Básica
Este texto apresenta resultados
parciais de uma pesquisa qualitativa
desenvolvida desde o ano de 2000 no município
de Marília (SP) sobre a formação para a cidadania
em duas escolas paulistas de Educação
Básica (Ensino Médio e séries finais do Ensino
Fundamental). Por meio de estudo exploratório,
verificou-se que, além de o corpo docente ser
majoritariamente feminino na primeira escola,
pública estadual, a Gestão e Supervisão,
também estão sendo exercidas por mulheres,
em sua maioria. A partir de 2003, ampliou-se
a pesquisa realizando um estudo comparativo
entre as respectivas escolas investigadas, entre
a Escola Estadual e, agora, uma Cooperativa
Educacional, a qual também se observa, na
organização do trabalho, a supremacia das
mulheres. Pelos jovens se evidenciarem como
sujeitos de direitos, sua participação política
encontra-se assegurada em vários documentos
legais promulgados nas últimas décadas. A
formação para o exercício da cidadania tornase,
então, um direito constitucional, bem como
o direito para organização e participação em
entidades estudantis, reafirmados no Estatuto
da Criança e do Adolescente. A partir dessas
constatações, objetiva-se conhecer se e como a
escola está formando cidadãos e cidadãs, numa
perspectiva de gênero. Outra preocupação diz
respeito à questão da real participação, pois,
embora esteja assegurada em termos legais,
nem sempre é vivenciada na prática, o que
dificulta a formação para a cidadania plena
dos(as) estudantes e preceitos estabelecidos
pela igualdade de gênero.
Formação para a cidadania, juventudes e gênero: do legal ao real em escolas paulistas de Educação Básica
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DOI: 10.22533/at.ed.42919050722
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Palavras-chave: Educação. Cidadania. Gênero. Políticas Públicas.
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Keywords: Education. Citizenship. Gender. Public Politics.
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Abstract:
This text presents partial results of a qualitative research developed
since the year 2000 in the city of Marília (SP) on the formation for the citizenship
in two schools of Basic Education (High School and final series of Elementary
School). By means of an exploratory study, it was verified that, in addition to the fact
that the teaching staff is mostly female in the first state public school, Management
and Supervision are also being practiced by women, in the majority. From 2003, the
research was expanded by conducting a comparative study between the respective
schools investigated, between the State School and, now, an Educational Cooperative,
which also shows, in the organization of work, the supremacy of women. The young
people become evident as subjects of rights, their political participation is assured in
several legal documents promulgated in the last decades. Formation for the exercise
of citizenship then becomes a constitutional right, as well as the right to organize
and participate in student organizations, reaffirmed in the Estatuto da Criança e do
Adolescente. Based on these findings, the objective is to know if and how the school is
forming citizens from a gender perspective. Another concern concerns the issue of real
participation, because although it is assured in legal terms, it is not always experienced
in practice, which hampers the training for full citizenship of the students and precepts
established by gender equality.
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Número de páginas: 15
- Tânia Suely Antonelli Marcelino Brabo
- Matheus Estevão Ferreira da Silva