FORMAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL NAS ÁREAS STEM NO BRASIL: AINDA TEMOS POUCO?
O objetivo deste artigo é apresentar
resultados preliminares de uma pesquisa
inédita, ainda em andamento, sobre formação
e trabalho nas áreas STEM dentro do Brasil. Os
bancos de dados acessados são o Inep, para
ensino, e a RAIS- TEM, para o trabalho. Em
termos de formação, apresenta-se a evolução
da proporção de formandos STEM, bem como a
evolução da proporção de mulheres formadas,
na graduação ao longo da última década. Os
concluintes em cursos de áreas STEM foram
129.863 estudantes em 2009 e 214.820 2017,
correspondendo a um aumento de 65.3%,
enquanto o aumento de concluintes no conjunto
não STEM foi de 17.7%. Em termos de atuação
laboral, apresenta-se a proporção de trabalho
STEM, bem como a proporção de mulheres
no trabalho STEM em cada uma das grandes
regiões brasileiras, em 2017. A proporção
de mulheres nos cursos STEM ao longo da
década vai de 30.8% em 2009 para 35.4%. Em
termos de força de trabalho nas áreas STEM, a
participação das mulheres fica em torno de 20%
em todas as regiões brasileiras. Relativamente
pequena é ainda a representatividade do
trabalho nas áreas STEM: em média, no Brasil,
a força laboral STEM corresponde a 0,79%
do total, enquanto nos Estados Unidos, a
força STEM é 6,2% do total. Por fim, para um
contexto regional, o estado de Santa Catarina
ilustra um caso que mostra a evolução do gap
salarial feminino para o grupo de trabalhadores
STEM, em comparação com os demais
trabalhadores, e a evolução da média salarial de
algumas ocupações STEM de maior destaque.
FORMAÇÃO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL NAS ÁREAS STEM NO BRASIL: AINDA TEMOS POUCO?
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DOI: 10.22533/at.ed.79020280119
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Palavras-chave: Ensino superior, Ciência e Tecnologia, Força de trabalho STEM.
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Keywords: Tertiary education, Science and Technology, STEM labor force
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Abstract:
This paper reports research results
on the schooling and professional activity in
STEM (Science, Technology, Engeneering and
Mathematics) areas in Brazil the period 2009
to 2017. The research is conducted accessing
Inep dataset and RAIS-MTE dataset. During the
period covered by the study, the number of STEM graduates increased by 65.8%.
Correspondingly, the proportion of STEM graduates to the total of graduates changed
from 13.42% in 2008 to 17.88% in 2017. Across the countries region, women are under
represented within the STEM areas, both, at the university courses and in the labor
force. In the labor market, STEM Brazilian workers are a little proportion of total
workers, putting Brazil behind countries such as the United States.
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Número de páginas: 15
- Gabriel Akira Andrade Okawati
- Carolina Fernandes Custodio
- Fernanda da Silva
- patricia bonini