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capa do ebook Formação de professores em sexualidade e gênero: concepções de docentes de uma escola pública do interior de São Paulo

Formação de professores em sexualidade e gênero: concepções de docentes de uma escola pública do interior de São Paulo

A escola pode se constituir espaço

privilegiado para promoção da discussão

acerca diversidade sexual e de gênero,

muito embora também se configure como

reprodutora de preconceitos e discriminações,

explicitados através da dificuldade de

gestores e professores no enfrentamento das

questões relativas à diversidade afetivo-sexual

vivenciadas no cotidiano. Nesse sentido, a

atuação docente é fundamental, merecendo

destaque os processos de formação inicial e

continuada que favoreçam a constituição de

um cotidiano escolar de respeito à diversidade

e do desenvolvimento da educação sexual

em uma perspectiva emancipatória. Tem-se

como objetivo investigar as percepções de um

grupo de professores de uma escola pública

do interior de São Paulo, sobre as dificuldades

que enfrentam para trabalhar com sexualidade

e gênero, assim como elencar elementos que

consideram importantes na composição de

cursos de formação continuada acerca dos

temas. Adotou-se uma abordagem qualitativa.

Os dados foram coletados por meio de

observação e instrumento padronizado aplicado

a 30 docentes. Constatam-se desinformação

e preconceitos, havendo predominância de

concepções reducionistas e biologizantes de

sexualidade e gênero que permeiam as práticas

docentes. Compreendem, em sua maioria, que

a educação sexual não é função da escola,

que deveria apenas cuidar para que os desvios

fossem corrigidos, a partir de uma perspectiva

moralizante e normalizadora que compreende

os jovens e as crianças com as quais trabalham

como interessadas precocemente por sexo.

Não identificam espaços formativos em

educação sexual e gênero em suas formações

iniciais, sendo os mesmos raros em espaços

de formação continuada. Quando questionados

sobre possíveis cursos de educação continuada,

apresentam expectativas de receberem

prescrições de como agir em situações que

envolvam questões referentes à sexualidade

e gênero. Assim, fortalece-se a importância do

planejamento e desenvolvimento de cursos de

formação continuada que, além de esclarecerem

e fornecerem informações, constituam-se

enquanto espaços de reflexão, clarificação e

transformação de preconceitos e concepções

reducionistas de sexualidade e gênero. 

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Formação de professores em sexualidade e gênero: concepções de docentes de uma escola pública do interior de São Paulo

  • DOI: 10.22533/at.ed.7121930058

  • Palavras-chave: formação de professores, formação continuada, educação sexual, gênero.

  • Keywords: teacher training, continuing education, sex education, gender.

  • Abstract:

    The school can be a privileged space to promote discussion about sexual

    and gender diversity, even though it may also be a breeding ground for prejudices and

    discriminations, explained by the difficulty of managers and teachers in confronting

    issues related to affective-sexual diversity experienced in the daily. In this sense,

    the teaching performance is fundamental, with emphasis on the processes of initial

    and continuous training that favor the constitution of a daily school that respects

    the diversity and development of sex education in an emancipatory perspective.

    The objective of this study is to investigate the perceptions of a group of teachers

    from a public school in the interior of São Paulo, about the difficulties they face in

    working with sexuality and gender, as well as on the elements they consider important

    in the composition of continuing education courses about two themes. A qualitative

    approach was adopted. Data were collected through observation and standardized

    instrument applied to 30 teachers. Disinformation and prejudices are detected, with a

    predominance of reductionist and biologizing conceptions of sexuality and gender that

    permeate teaching practices. Most understand that sexual education is not a function

    of the school, which should only take care that the deviations are corrected, from a

    moralizing and normalizing perspective that includes the youngsters and children with

    whom they work as early interested by sex. They do not identify formative spaces in

    sexual education and gender in their initial formations, and they are rare in spaces of

    continuous formation. When questioned about possible continuing education courses,

    they have expectations of receiving prescriptions on how to act in situations involving

    issues related to sexuality and gender. Thus, it is strengthened the importance of

    planning and developing continuing education courses that, in addition to clarifying

    and providing information, are constituted as spaces for reflection, clarification and

    transformation of prejudices and reductionist conceptions of sexuality and gender.

  • Número de páginas: 15

  • Ana Paula Leivar Brancaleoni
  • Rosemary Rodrigues de Oliveira
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