O presente artigo traz o relato da

experiência realizada junto a 27 professores

indígenas da etnia Yanomami, sendo divididos

em uma turma de 11 e outra de 16, do rio

Marauiá, localizado no município de Santa

Isabel do Rio Negro-Amazonas, de formação

continuada, onde objetivou-se pensar sobre o

funcionamento da escola, principalmente no

que tange ao planejamento e regularidade das

aulas, trazendo a forma como se foi construído,

de forma coletiva, o modelo de planejamento

de aulas Yanomami, respeitando as referências

indígenas, sua cultura e costume. Essa

experiência foi realizada ao final do segundo

semestre de 2015, nos xapono1

 Raita e Ixima,

através da organização não-governamental

Secoya – Associação Serviço e Cooperação

com o Povo Yanomami, mediada pela equipe

de educação escolar diferenciada, composta

então por 02 assessoras e uma consultora

externa. Paralelo a experiência, este ensaio

faz uma relação com a legislação vigente

sobre Educação Escolar Indígena, trazendo

para discussão os desafios apresentados pela

educação intercultural, bilíngue e comunitária,

onde se tem como fundamento principal o

respeito e valorização da cultura do povo ao

longo de todo o processo escolar.