Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2018, 42 mulheres foram mortas em razão de gênero no Espírito Santo no ano de 2017. O jornal capixaba A Tribuna publicizou apenas 17 desses casos nominando-os de homicídios. Este artigo trata da análise realizada em cinco dessas matérias. O objetivo foi verificar os tipos de fontes ouvidos pelos repórteres na apuração dos casos publicados. Tomamos como base as definições de Lage (2003) ao classificar as fontes jornalísticas. O jornal, na escolha das fontes utilizadas nas matérias analisadas, corrobora com Silva (2010) que afirma que jornalismo tem gênero, e é masculino. Das 23 fontes ouvidas nos textos recortados a maioria é de homens (15), contra

(8) mulheres, sendo que a maioria dessas fontes é classificada por Lage (2003) como testemunhais, ou seja, familiares, vizinhas e amigas das vitimas