Fome e modernidade: Desafios para os programas e políticas de segurança alimentar
Enfrenta-se hoje um duplo desafio em termos de segurança alimentar: Garantir alimento a todos no sentido de acabar com a fome no mundo, que atinge praticamente um bilhão de pessoas e ao mesmo tempo garantir uma alimentação saudável para o número crescente de obesos no mundo, decorrente de uma alimentação calcada em produtos industrializados pobres em nutrientes e ricos em gorduras e açúcares, alimentos processados e ultra processados. A obesidade está presente em todas as camadas da população. A obesidade infantil e adulta é tida por muitos especialistas como uma epidemia que ceifa vidas bem cedo e uma questão de saúde pública. Duas fomes, dois desafios.
Afinal de que fome falamos? A dos que não tem o que comer ou a dos que estão morrendo de tanto comer? A fome dos obesos e mal nutridos é menos preocupante? Como implantar políticas públicas e programas de segurança alimentar que garantam o direito a todos à uma vida saudável se estamos presos aos grilhões dos interesses de oito ou dez oligopólios da indústria alimentar que comandam o que se produz, como se produz, para quem se produz, o preço dos alimentos e aonde deve ser distribuído o alimento? Como romper com este círculo de ferro do monopólio do alimento se há um poderoso lobby nas esferas de poder dos países que tem garantido a manutenção dos interesses dos grandes produtores e os do grande capital representado por esses complexos alimentares?
Fome e modernidade: Desafios para os programas e políticas de segurança alimentar
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DOI: 10.22533/at.ed.0872230059
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Palavras-chave: --
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Número de páginas: 16
- Tania elias Magno da Silva