FISIOLOGIA REPRODUTIVA DA FÊMEA CAPRINA
Embora de alta representatividade na região Nordeste, a caprinocultura brasileira ainda está muito aquém de outras culturas importantes como a de bovino, suíno e aves no cenário agroeconômico nacional, e muito abaixo de outros países no ranking internacional. A desorganização da cadeia produtiva, baixa disponibilidade de assistência especializada e o mercado consumidor restrito são alguns dos problemas enfrentados nesse tipo de criação. Como a eficiência reprodutiva é a chave para o melhoramento genético e aperfeiçoamento dos índices produtivos do rebanho, o conhecimento acerca das particularidades reprodutivas da espécie caprina proporciona o uso adequado de diferentes manejos e biotécnicas que garantam o sucesso do sistema de criação. A cabra é uma espécie poliéstrica estacional de dias curtos, sendo a ciclicidade estimulada durante o final do verão e outono, nos quais há redução no fotoperíodo. Fatores genéticos e ambientais, como a latitude e a presença do macho, podem também influenciar a ciclicidade da cabra. O ciclo estral dura em média 21 dias, sendo quatro dias destinados à fase folicular, dividida em proestro e estro, e 17 dias para a fase luteínica, dividida em metaestro e diestro. O estro é a fase de receptividade sexual e dura cerca de 24 a 48 horas na cabra. A identificação dos sinais apresentados pela fêmea em estro auxilia na determinação do momento ideal para realizar o acasalamento ou inseminação artificial. O uso de protocolos hormonais e a bioestimulação pelo “efeito-macho” para indução e sincronização da ovulação, a inseminação artificial e a transferência de embriões são algumas biotécnicas aplicadas na caprinocultura, embora as duas últimas sejam ainda voltadas principalmente para rebanhos de elite.
FISIOLOGIA REPRODUTIVA DA FÊMEA CAPRINA
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DOI: 10.22533/at.ed.3552104109
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Palavras-chave: caprino; fisiologia; produção; reprodução.
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Keywords: caprine; physiology; production; reproduction.
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Abstract:
Although highly representative in the Northeast region, Brazilian goat farming still lags behind other important livestock farming such as cattle, pigs and poultry in the national agroeconomic scenario and far below other countries in the international ranking. The lack of organization of the production chain, the low availability of specialized assistance and a narrow consumer market are some of the problems faced in goat farming. As reproductive efficiency is the key to genetic improvement and to boost productive ratios, knowing about the reproductive particularities of the goat species provides the proper use of different managements and biotechniques that guarantee the success of the breeding system. The domestic doe is a short-day polyestric seasonal, and its cyclicity is stimulated during late summer and autumn, in response to decreasing day length. Genetic and environmental factors, such as latitude and presence of the male can also influence the cyclicity of the doe. The estrous cycle lasts an average of 21 days, in which four days derives for the follicular phase, divided into proestrus and estrus, and 17 days for the luteal phase, divided into metestrus and diestrus. Estrus is represented by sexual receptivity and lasts about 24 to 48 hours. The identification of the signs presented by the female in heat helps to determine the optimum time for mating or artificial insemination. The use of hormonal protocols and biostimulation promoted by the “buck effect” for ovulation induction and synchronization, as long as artificial insemination and embryo transfer are some biotechniques applied in goat farming, although the last two are still mainly aimed at elite breeding programs.
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Número de páginas: 15
- Paula Magnabosco Secco
- Carla Fredrichsen Moya