O financiamento em saúde e a gestão dos custos são elementos estratégicos na composição, estruturação e operacionalização do sistema de saúde, em especial, sob a perspectiva de novos arranjos organizacionais, a exemplo da rede de atenção à saúde (RAS), que se institui por meio da interlocução entre os diversos pontos de atenção, tais como a Atenção Primária à Saúde (APS), a rede hospitalar pública, filantrópica e privada, os quais integram o Sistema Único de Saúde (SUS).

Cada elemento que integra as partes do sistema de saúde detém mesmo nível de importância no contexto social e de cuidado para a população. A RAS é o conjunto da obra, nela estão inseridos todos os serviços que compõem o setor da saúde no Brasil e, quando bem planejada e organizada, serve de esteio para o sistema de saúde assistir os usuários com qualidade.

Nesse contexto, a APS é o segmento que absorve a maior fatia populacional, é a porta de entrada que coordena e ordena as ações em saúde em níveis crescentes de complexidade. Já a rede hospitalar é entendida como a porta de entrada para os serviços de média e alta complexidade (MAC) em saúde, fazendo a interface com a APS e absorvendo as demandas encaminhadas ou não pela atenção básica devido às especificidades de cada serviço ou situação de saúde.

O capítulo está estruturado em três momentos distintos: o primeiro momento descreve os aspectos teóricos sobre o financiamento e a gestão dos custos em saúde; o segundo descreve o financiamento em saúde na APS; e o terceiro momento apresenta a importância da gestão dos custos hospitalares na saúde.