FILOSOFIA COM CRIANÇAS? AS ERRÂNCIAS DE UMA DISCIPLINA EXPERIÊNCIA
Este texto tem por objetivo descrever
errâncias de uma filosofia para e com crianças
na rede municipal de educação de São Mateus,
ES, bem como relacionar vivências que
configuram a experiência filosófica da/na e com
as infâncias, a partir dos olhares e movimentos
de duas professoras pedagogas. Num trajeto
que se pretende mais errante que cronológico,
visam trazer, como num relato de experiência, um
recorte dos acontecimentos que se configuraram
nesse espaço-tempo da educação com a
infância. Narram-se os encontros e rupturas
com o familiar educativo, com as imposições
pedagógicas das organizações escolares que
já não sustentam uma ideia de educação para
a liberdade e para a emancipação. Tomando
como referenciais teóricos Kohan, Lipman,
Masschelein e Larrosa, buscamos dialogar
com as distâncias e aproximações que a
educação, a filosofia e a infância vivenciam há
duas décadas em seus percursos no ensino
infantil municipal. Pensamos a filosofia com
crianças como o espaço de inconformismo com
as continuidades fixas, como o lugar de um ir
e vir cuja experiência filosófica se configura na
abertura para o necessário, para o encontro
onde uma outra forma de ser e viver a educação
emerge na resistência enquanto disposição
para a atenção e a ação que desloca o olhar e
as vivências, resistência como um compromisso
com uma escola pública que dialogue com as
infâncias em seus territórios. É este um espaço
de experiência e como tal, inacabado, sem a
pretensão de apontar caminhos, mas sugerir que estamos sempre em viagem.
FILOSOFIA COM CRIANÇAS? AS ERRÂNCIAS DE UMA DISCIPLINA EXPERIÊNCIA
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DOI: 10.22533/at.ed.8361907104
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Palavras-chave: Filosofia; Infância; Errância; Experiência.
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Keywords: Philosophy; Childhood; Displacement; Experience.
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Abstract:
This text aims to describe the displacement of a philosophy for and with
children in the municipal network of education of São Mateus, ES, as well as to relate
experiences that configure the philosophical experience of / in and with childhood,
from the looks and movements of two teachers pedagogues. In a path that is intended
to be more erratic than chronological, they aim to bring, as in an experience report,
a clipping of the events that were configured in this space-time of education with
childhood. The meetings and ruptures with the educational relative are mentioned, with
the pedagogical impositions of the school organizations that no longer support an idea
of education for freedom, for emancipation. Taking Kohan, Masschelein and Larrosa
as a theoretical reference, we seek to dialogue with the distances and approaches
that education, philosophy and childhood have experienced for two decades in
their courses in municipal infant education. We think of children’s philosophy as the
space of nonconformity with fixed continuities, as the place of a coming and going
whose philosophical experience is configured in the opening to the necessary, to the
encounter where another way of being and living education emerges in the resistance
as a provision for attention and action that shifts the gaze and experiences, resistance
as a commitment to a public school that dialogue with the childhoods in their territories.
This is a space of experience and as such, unfinished, without the pretense of pointing
out ways, but suggesting that we are always on the road.
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Número de páginas: 15
- Edeny Gomes Furini
- Jair Miranda de Paiva
- Ana Paula da Rocha Silvares