O vírus do Mayaro é um arbovírus negligenciado no Brasil e em diferentes regiões do continente americano. Desde sua identificação inicial no Caribe, este vírus apresenta um significante potencial de dispersão geográfica de forma silenciosa, assim como diversos agentes patogênicos responsáveis por surtos esporádicos inoportunos. As análises filogeográficas são importantes para avaliar a distribuição desses vírus, assim como ser fonte de dados epidemiológicos e monitoração no ambiente. Sendo assim, o presente estudo buscou elucidar a filogeografia do Vírus Mayaro por meio da análise bayesiana, com auxílio do software BEAST®. As sequências de diferentes cepas do Vírus Mayaro (MAYV) são depositadas em bancos de dados, e de acordo com seus aspectos evolutivos, outras cepas passaram a ser identificadas apresentando diferenças genômicas relevantes para a compreensão da manutenção e sobrevida no ambiente tropical. A recuperação dessas sequências foi obtida por meio do VIPR e confirmadas no banco de dados do GENBANK. A análise molecular e distribuição do MAYV foram realizadas com axulio de softwares de biotecnologia, além do BEAST®, utilizou-se o MEGA® para o alinhamento e montagem do modelo filogeográfico, e o FastTree®. para edição da árvore. A filogeografia determinada apontou a variabilidade de distruibuição da Febre do Mayaro em seis países diferentes na América Central e, principalmente, América do Sul. A árvore filogeográfica corroborou com outras metodologias presentes na literatura em relação a predominância do genótipo D, e poucas sequências do genótipo L, no entanto, nosso modelo não identificou o genótipo N, dentre as selecionadas. Por fim, foi possível pressupor a rota de dispersão do Mayaro no continente analisando a semelhança filogenética. Além disso, com o múltiplo alinhamento observou-se alterações pontuais em pares de bases de sequências semelhantes, ao longo da evolução do vírus.