Ficção e memória em Simá: romance histórico do Alto Amazonas, de Lourenço da Silva Araújo
Este artigo propõe caracterizar Simá:
romance histórico do Alto Amazonas (1857), de
Lourenço da Silva Araújo e Amazonas, como
um “romance épico”, entendido como uma
variante do romance histórico distinta da escola
hegemônica representada por José Alencar.
Esse romance, cujos modelos literários são
a Ilíada e a Eneida, elege o rapto da mestiça
Simá, chamada de “Helena do Rio Negro”, como
a causa imediata da Rebelião de Lamalonga
(1757). O romance narra, no plano histórico, o
massacre da nação indígena dos Manau pela
armada portuguesa e, no plano individual, o
destino trágico da heroína, apresentada como
uma vítima inocente do conflito entre Portugal
e Espanha. A forma desse pioneiro romance
do indianismo brasileiro é, paradoxalmente,
inseparável daquela utilizada pelas epopeias
anteriores, ao contrário do que sugere a
definição de romance histórico por Lukács.
Ficção e memória em Simá: romance histórico do Alto Amazonas, de Lourenço da Silva Araújo
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DOI: 10.22533/at.ed.3031914089
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Palavras-chave: Romance histórico; “Romance épico”; Indianismo Romântico; Simá; Lourenço da Silva Araújo e Amazonas.
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Keywords: Atena
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Abstract:
Atena
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Número de páginas: 15
- Daniel Padilha Pacheco da Costa