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capa do ebook FENOMENOLOGIA DO ROSTO EM EMMANUEL LEVINAS

FENOMENOLOGIA DO ROSTO EM EMMANUEL LEVINAS

No presente estudo busca-se

apresentar a influência da fenomenologia

de Husserl no pensamento de Levinas e,

ao mesmo tempo, expor uma reelaboração

conceitual de termos husserlianos em vista da

ética da alteridade. Levinas frequentou aulas

de Husserl entre os anos de 1928 e 1929, ali

ele aprendeu a admirá-lo, a tanto que o método

fenomenológico passou definitivamente a

marcar a sua filosofia. No entanto, para Levinas,

o rosto, como lugar da alteridade, manifestase,

mas não depende da intencionalidade do

Mesmo para ter sentido, aliás, ele, o rosto,

resiste a que alguém lhe imprima sentido e lhe

condicione ontologicamente. O rosto resiste a

ser coisificado, a se tornar objeto. Nele reside

uma resistência que a consciência do Mesmo

não pode dominar. Assim, a fenomenologia

do rosto não se rege pelo princípio da

identificação, da apreensão, como propunha

de modo geral a fenomenologia husserliana,

que entende, segundo Levinas, o sentido a

partir da identificação, mas pelo contrário, na

fenomenologia do rosto há uma alteridade

que por si mesma possui sentido, o rosto não

precisa do Mesmo para tê-lo. O fenômeno do

rosto, antes de qualquer compreensão, exige

responsabilidade, que o Mesmo seja ético com

o Outro. Portanto, o presente estudo conclui

que Levinas aplica o método fenomenológico,

contudo o faz numa nova perspectiva, não mais

naquela do “amor à sabedoria”, mas desde “a

sabedoria do amor”.

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FENOMENOLOGIA DO ROSTO EM EMMANUEL LEVINAS

  • DOI: 10.22533/at.ed.83619071012

  • Palavras-chave: Fenomenologia, Alteridade, Ética

  • Keywords: Phenomenology, Alterity, Ethics

  • Abstract:

    In the present study it is

    looked to present the influence of Husserl’s

    phenomenology on Levinas’s thought and,

    at the same time, expose a conceptual reelaboration

    of Husserlian terms in view of the

    ethics of alterity. Levinas attended Husserl’s

    classes between the years of 1928 and 1929,

    where he learned to admire him, as long as the

    phenomenological method definitively came

    to mark his philosophy. However, for Levinas,

    the face, as a place of alterity, manifests itself,

    but it does not depend on the intentionality of

    the Same to make sense, in fact, he, the face,

    resists that somebody impresses him sense

    and condition him ontologically. The face resists

    being made into object. In it resides a resistance

    that the consciousness of the Same can not dominate. Thus the phenomenology of the

    face is not governed by the principle of identification, of apprehension, as Husserlian

    phenomenology generally proposed, which, according to Levinas, understands meaning

    from identification, but on the contrary, in the phenomenology of the face there is an

    otherness which by itself has meaning, the face does not need the Same to have it. The

    phenomenon of the face, before any understanding, demands responsibility, that the

    Same be ethical with the Other. Therefore, the present study concludes that Levinas

    applies the phenomenological method, yet does so in a new perspective, no longer in

    the “love of wisdom”, but since “the wisdom of love”.

  • Número de páginas: 15

  • ABIMAEL FRANCISCO DO NASCIMENTO
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