Fatores Termodinâmicos Associados à Convecção Profunda no Centro de Lançamento de Alcântara
Este capítulo aborda a questão do
aprofundamento da convecção (convecção
rasa versus profunda) sobre a região do Centro
de Lançamento de Alcântara (CLA) por meio
da implementação e do uso de um modelo de
parcela de ar (parcel model). O modelo obtém o
movimento vertical gerado pelo empuxo e inclui
os processos de entranhamento e mudança
de fase entre vapor e água líquida. Foram
utilizados perfis verticais médios às 00, 06, 12 e
18 UTC obtidos de dados de radiossondagens
coletados durante dois experimentos realizados
no CLA, um na estação seca (Murici-2) e
o outro na estação chuvosa (GPM-2010).
Preliminarmente, concluiu-se que a convecção
seca (ou seja, utilizando o modelo de parcela
com ar seco somente) fica confinada em baixos
níveis independentemente das condições do
ambiente. Então, utilizando o modelo de parcela
com ar úmido, os resultados mostraram que,
sob condições secas, o aprofundamento da
convecção dependeria, em geral, da existência
de forçantes dinâmicas muito intensas
(velocidades verticais > 8 m s-1 em baixos
níveis). Sob condições úmidas, ao contrário,
a convecção profunda poderia ocorrer, em
geral, sob forçantes dinâmicas menos intensas
(velocidades verticais > 2 m s-1 em baixos
níveis). Logo, na região do CLA, a prevalência
de convecção profunda (rasa) na estação
chuvosa (seca) seria explicada pela existência
(ausência) de uma forçante dinâmica intensa
em baixos níveis quando pequena (grande)
intensidade seria necessária para aprofundar a
convecção.
Fatores Termodinâmicos Associados à Convecção Profunda no Centro de Lançamento de Alcântara
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DOI: 10.22533/at.ed.25119180220
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Palavras-chave: Modelo de parcela; Instabilidade; Precipitação.
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Keywords: Parcel model; Instability; Precipitation.
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Abstract:
This chapter addresses the issue
of the deepening of convection (convection
shallow versus deep) on the region of the
Alcântara Launch Center (CLA) through the
implementation and use of an air parcel model.
The model obtains the vertical movement
generated by the buoyancy and includes the
entrainment processes and the phase change
between steam and liquid water. Average
vertical profiles were used to 00, 06, 12 and 18
UTC obtained from radiosondes data collected
during two experiments conducted in CLA, one
in the dry season (Murici-2) and the other in
the rainy season (GPM-2010). Preliminarily, it
was concluded that the dry convection (using the parcel model with dry air only) stays
confined at low levels regardless of ambient conditions. Then, using the parcel model
with moist air, the results showed that under dry conditions, the depth of convection
depend, in general, the existence of very intense dynamic forcings (vertical speeds
> 8 ms-1 at low levels). Under humid conditions, on the contrary, the deep convection
would occur, generally under less severe dynamic forcings (vertical velocities > 2 ms-1
at low levels). Thus, in the CLA region, the prevalence of deep (shallow) convection
in the rainy (dry) season would be explained by the presence (absence) of an intense
dynamic forcing at low levels when small (large) intensity would be required to deepen
convection.
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Número de páginas: 15
- Gabriel Miller de Oliveira
- Marcos Daisuke Oyama
- Gabriel Miller Oliveira