A dor pós-operatória é uma complicação comum que impacta significativamente a recuperação de pacientes após procedimentos cirúrgicos. O presente artigo revisa estratégias para reduzir a dor pós-operatória por meio do uso de enxertos autólogos, destacando o papel desses enxertos na regeneração tecidual e no controle da resposta inflamatória. Enxertos de gordura autóloga e ósseos são amplamente utilizados em cirurgias reconstrutivas e regenerativas, contribuindo significativamente para a reparação de tecidos danificados e a diminuição da dor. A gordura autóloga, rica em células-tronco e fatores de crescimento, tem demonstrado capacidade de atenuar a inflamação e melhorar a qualidade do tecido em áreas tratadas, como cicatrizes dolorosas pós-mastectomia. Já os enxertos ósseos são reconhecidos por suas propriedades osteogênicas, mas a coleta desses enxertos pode causar dor no local doador, afetando a mobilidade e prolongando a recuperação, o que justifica o uso de anestésicos locais contínuos para mitigar o desconforto. Fatores psicossociais, como ansiedade e estresse, também são considerados, uma vez que influenciam a percepção da dor e podem ser abordados por terapias cognitivo-comportamentais, visando reduzir a dor crônica e melhorar a experiência do paciente. A revisão abrange ainda as técnicas cirúrgicas e anestésicas que auxiliam na eficácia dos enxertos e discute os desafios associados a esses métodos, propondo uma abordagem multidisciplinar como potencial para uma recuperação mais rápida e eficaz. Estudos futuros são recomendados para integrar esses aspectos em protocolos clínicos robustos e baseados em evidências, favorecendo avanços no manejo da dor pós-operatória.