Fantasmagorias da Modernidade: Um Encontro da Poesia Com A Pintura
A motivação para escrever este trabalho veio de uma visita à exposição “Passagens por Paris: arte moderna na capital do século XIX”, no Museu de Arte de São Paulo (MASP) em novembro de 2013, que era inspirada no texto “Paris Capital do Século XIX”, de autoria do filósofo Walter Benjamin (1892-1940). Nosso objetivo é discutir alguns aspectos da modernidade, tomando por base o ensaio de Benjamin, no qual o autor utiliza a expressão fantasmagoria para captar o significado do fetiche da mercadoria como processo social de constituição da modernidade. A partir das reflexões de Benjamin (2003), e secundariamente de Karl Marx acerca do fetiche da mercadoria, analisamos três poemas de autores considerados modernos: “Os Sete Velhos”, do francês Charles Baudelaire (1821-1867); “Num Bairro Moderno”, do português Cesário Verde (1855-1886); e “Ladeira da Misericórdia”, do brasileiro/baiano Godofredo Filho (1909-1992). Tentamos travar um diálogo dos poemas com cenas representadas em três obras de arte: “O Conforto Moderno dos Objetos”, de autoria do francês Edouard Vuillard (1868-1940), exibido na exposição do MASP; “Os Sete Velhos”; do holandês Jan Mensiga (1924-1980); e “Incêndio no Pelourinho”, do brasileiro/baiano João Alves (1906-1970), chamado por Jorge Amado de “o pintor da cidade”.
Fantasmagorias da Modernidade: Um Encontro da Poesia Com A Pintura
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Palavras-chave: Fantasmagorias; Walter Benjamin; Charles Baudelaire
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Keywords: Phantasmagories; Walter Benjamin; Charles Baudelaire
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Abstract:
The motivation to writing the current paper came up from a visit to the exhibition “Passages by Paris: modern art in the 19th century capital”, held at São Paulo Museum of Art (MASP) in November 2013. The exposition was inspired by the text “Paris Capital of the 19th Century”, written by the philosopher Walter Benjamin (1892-1940). Our objective is discussing some aspects of modernity, taking Benjamin’s essay as a guideline. The author uses the expression “phantasmagory” to capture the meaning of the commodity fetishism as a social process linked to modernity. Under the light of Benjamin’s insights, and secondly under Karl Marx’s insights on the commodity fetishism, we analyze three poems written by authors belonging to modernity: “The Seven Old Men” by the French poet Charles Baudelaire (1821-1867); Num Bairro Moderno (At a Modern Neighborhood), by the Portuguese author Cesário Verde (1855-1886); and Ladeira da Misericórdia (Misericórdia Slope), by the Brazilian poet Godofredo Filho (1909-1992). We try to establish a dialog between the poems and scenes depicted in three art works: O Conforto Moderno dos Objetos (The Modern Comfort of the Objects), by the French painter Edouard Vuillard (1868-1940), which was exposed at MASP’s exhibition; “The Seven Old Men”, by the Dutch artist Jan Mensiga (1924-1998); and Incêndio no Pelourinho (Fire in Pelourinho), by the Brazilian painter João Alves (1906-1970), called “the painter of the city” by the Brazilian novelist Jorge Amado.
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Número de páginas: 15
- Vera Maria Luz Spinola