Famílias contemporâneas, monoparentalidade e o fenômeno alienação parental: a crítica da teoria sistêmica à perspectiva de Richard Gardner
O presente artigo visa discutir o
fenômeno da alienação parental com base nas
contribuições da teoria sistêmica. Trata-se de
uma teoria que busca se contrapor à leitura
patologizante (e individualizante) do fenômeno,
particularmente a leitura realizada pelo psiquiatra
Richard Gardner. Segundo a teoria sistêmica,
procederíamos a uma contextualização mais
ampla e abrangente da AP na medida em que
consideramos o sistema familiar como um todo
e destacamos as relações disfuncionais que os
diferentes subsistemas estabelecem entre si no
interior do sistema familiar mais amplo. A relação
entre os diferentes subsistemas explicaria,
assim, os comportamentos que geram e
sustentam a AP. Conceitos como organização
e estrutura do sistema familiar vão se destacar
lado a lado à noção de sistemas funcionais e
sistemas disfuncionais, transgeracionalidade
e outros. Desta maneira, buscamos, com este
artigo, combater a perspectiva de Gardner que
localiza na presença de um suposto genitor
alienador (e sua psicopatologia) a única razão
para a compreensão do citado fenômeno.
Famílias contemporâneas, monoparentalidade e o fenômeno alienação parental: a crítica da teoria sistêmica à perspectiva de Richard Gardner
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DOI: 10.22533/at.ed.3932010027
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Palavras-chave: alienação parentalfamília contemporânea-teoria sistêmica.
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Keywords: parental alienationcontemporaneous family-systemic theory
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Abstract:
This article aims at a discussion
of the phenomenon of parental alienation
based on the contributions of the systemic
theory. This theory opposes itself to the
pathologizing (and individualizing) approach
of the referred phenomenon, mainly Richard
Gardner’s understanding of it. Following the
systemic theory, one can procede in a larger
contextualization of PA as far as one consider
the family system as a whole and the other
dysfunctional relationships that the different
subsystems establish between them amidst the
family system are detached. The relationship
among the different subsystems would explain,
therefore, the behaviors that create and support
PA. Concepts as organization and structure of
the family system will outstand close to functional
and disfuntional systems, transgenerational and
similar ones. So far, we aim, with this article, at
opposing Gardner’s perspective which locates
on the presence of a supposed alienating parent
(and his or her psychopathology) the only reason
to the comprehension of the aforementioned
phenomenon.
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Número de páginas: 15
- Ronaldo da Costa Formiga