Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros
capa do ebook FABRICAÇÕES DO COTIDIANO: ESTÉTICA E VISUALIDADE NOS/DOS GRAFITOS DE BANHEIRO

FABRICAÇÕES DO COTIDIANO: ESTÉTICA E VISUALIDADE NOS/DOS GRAFITOS DE BANHEIRO

Este trabalho apresenta questões

da estética e da visualidade dos grafitos de

banheiros como fabricações verbo/visuais que

apontam discursos do cotidiano universitário.

Pretendemos, a partir do registro fotográfico

de grafitos encontrados em alguns espaços,

especificamente no contexto da Universidade

de Brasília, refletir acerca de um cotidiano

silenciado marcado por ações que carecem

de autoria. No entanto, essas ações também

reforçam o caráter do anonimato como um

movimento que acentua a voz e a força dessas

fabricações, intervindo esteticamente no

espaço dos banheiros. O interesse de pesquisa

surge a partir dos conceitos de Glauco Mattoso

(2001) sobre datilograffiti e coprofagia, como

ponto de partida teórico, no sentido de trazer

para o debate reflexivo sobre o campo da arte e

da cultura visual o pensar sobre o próprio fazer

artístico como uma possibilidade de invenção

e fabricação do olhar. Compreendemos que,

faz parte da escrita do autor a criação de

conceitos que justificam sua intencionalidade

estética e visual, sobretudo, ao considerarmos

a proposta do datilograffiti como uma ideia

que explica a estética do Jornal Dobrabil. Um

folhetim parodístico e chulo, cuja exploração

imagética pela máquina de escrever incorporou

uma linguagem transgressora, a “literatura

de mictório”. É a partir dessa perspectiva que

propomos um olhar acerca dos grafitos que

aqui denominamos de verbo/visuais, porque

transitam na dimensão gráfica da escrita e

da imagem, interrogando-nos a investigar

essas demandas do não-dito, silenciadas e

emergenciais em sua dimensão subjetiva.

Dessa forma, parece propícia a ocupação

desses territórios públicos destinados àquilo

que consideramos inútil, residindo uma ideia de

apropriação como forma de romper com esse

silenciamento. 

Ler mais

FABRICAÇÕES DO COTIDIANO: ESTÉTICA E VISUALIDADE NOS/DOS GRAFITOS DE BANHEIRO

  • DOI: 10.22533/at.ed.8071924045

  • Palavras-chave: fabricações visuais; estética; grafitos; banheiros

  • Keywords: visual fabrications; aesthetics; graffiti; restroom

  • Abstract:

    This work presents questions

    of the aesthetics and the visuality of restroom

    graffiti as verb/visual fabrications that point out

    speeches of everyday life at University. We

    intend, from the photographic record of graffiti 

    found in some spaces, specifically in the context of the University of Brasilia, to think

    over a silenced everyday life, marked by actions that lack authorship. However, these

    actions also reinforce the character of anonymity as a movement that emphasizes the

    voice and the strength of these fabrications, aesthetically intervening in the space of

    restrooms. The interest of the research arises from the concepts by Glauco Mattoso

    (2001) about Datilograffiti and Coprophagy. We admit, as a theoretical starting point,

    the writings of Mattoso, in the sense of bringing to the reflective debate, on the field

    of art and visual culture, the thinking about the artistic making itself as a possibility

    of invention and fabrication of the view. We understand that it is part of the author’s

    writing to create concepts that justify his aesthetic and visual intentionality, especially

    when we consider the proposal of datilograffiti as an idea that explains the aesthetics

    of Jornal Dobrabil (Dobrabil Newspaper), a parodical and coarse novel, in which the

    imagery exploitation by the typewriter has incorporated a transgressive language,

    the “urinal literature”. This perspective of mapping the graffiti that we call the verb/

    visuals, because they transit in the graphical dimension of writing and image, asks

    us to investigate these demands of the unsaid, silenced and urgent in their subjective

    dimension. In this way, it seems conducive to the occupation of these public territories

    destined to what we consider useless, residing an idea of appropriation as a way of

    breaking away from this silence. 

  • Número de páginas: 15

  • Luiz Carlos Pinheiro Ferreira
  • Ana Paula Aparecida Caixeta
Fale conosco Whatsapp