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EXPANSÃO DO USO DE PSICOESTIMULANTES: EXCESSO OU NECESSIDADE?

Observa-se aumento na utilização de psicotrópicos, associados ao tratamento de transtornos mentais, acompanhando o aumento da prevalência destes. Em destaque, cresce o interesse no Transtorno de Déficit de Atenção de Hiperatividade (TDAH), caracterizado por desatenção, hiperatividade e impulsividade inapropriados, com prejuízo em áreas importantes do funcionamento do portador. Nas últimas décadas, num cenário de necessidade de aumento de capacidades cognitivas e de alta competitividade, percebe-se que os psicoestimulantes, especialmente o metilfenidato, podem estar sendo empregados excessivamente, por indivíduos que não necessitam de qualquer tratamento. O objetivo desta pesquisa é discutir sobre a avaliação criteriosa do TDAH e sobre o uso do metilfenidato, tanto em pacientes diagnosticados, como em indivíduos sem o diagnóstico. Trata-se de revisão bibliográfica, de caráter descritivo e exploratório, com artigos do banco de dados da UNIFESP e da Scielo. Como resultado, o uso do metilfenidato nos pacientes com diagnóstico correto de TDAH apresentou benefícios na remissão dos sintomas;  porém ,o uso 'não médico', em indivíduos que buscam aumento de desempenho, sem preencher critérios diagnósticos, apresentou-se como preocupação pelo excesso de prescrições desse medicamento, fenômeno ambivalente em duas justificativas: crianças sem o transtorno estariam sendo medicadas devido à ausência de métodos diagnósticos fidedignos e de conhecimento das manifestações clinicas; e, por outro lado, pacientes com TDAH estariam sendo medicados sem necessidade. Diante dos resultados, observa-se que pacientes com sintomas de TDAH constituem um desafio para o psiquiatra, pelas limitações na utilização dos sistemas diagnósticos, dificultando a abordagem desses pacientes e propiciando consumo excessivo de estimulantes.

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EXPANSÃO DO USO DE PSICOESTIMULANTES: EXCESSO OU NECESSIDADE?

  • DOI: 10.22533/at.ed.3661918127

  • Palavras-chave: TDAH; psicotrópicos; Metilfenidato

  • Keywords: ADHD; psychotropic drugs; Methylphenidate

  • Abstract:

    There is an increase in the use of psychotropic drugs associated with the treatment of mental disorders, accompanying their increased prevalence. In particular, there is growing interest in Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD), characterized by inappropriate inattention, hyperactivity and impulsivity, with impairment in important areas of carrier functioning. In the last decades, in a scenario of need for increased cognitive abilities and high competitiveness, it is clear that psychostimulants, especially methylphenidate, may be overused by individuals who do not need any treatment. The purpose of this research is to discuss the careful evaluation of ADHD and the use of methylphenidate, both in diagnosed patients and in individuals without the diagnosis. This is a descriptive and exploratory literature review, with articles from the UNIFESP and Scielo databases. As a result, the use of methylphenidate in patients with correct diagnosis of ADHD had benefits in symptom remission; However, the 'non-medical' use in individuals seeking performance increase without meeting diagnostic criteria was a concern for the excess prescriptions of this drug, ambivalent phenomenon in two justifications: children without the disorder would be being medicated due to absence reliable diagnostic methods and knowledge of clinical manifestations; and, on the other hand, ADHD patients would be being treated unnecessarily. Given the results, it is observed that patients with ADHD symptoms pose a challenge to the psychiatrist, due to the limitations in the use of diagnostic systems, making it difficult to approach these patients and providing excessive consumption of stimulants.

  • Número de páginas: 12

  • Ana Carolina Lopes Ramalho Bezerra Viana
  • Ana Rafaella Lopes Ramalho Bezerra Viana
  • Marílya Vitórya dos Santos Silva
  • Roberto Mendes dos Santos
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