Este texto reúne reflexões conjuntas

realizadas durante e, principalmente, após

a finalização de pesquisa de mestrado,

desenvolvida por uma das autoras, que teve

como objetivo analisar como os Planos Estaduais

e Distrital de Educação se estruturaram a

partir do Plano Nacional de Educação (Lei nº

13.005/2014) no tocante à educação dos surdos.

Mediante o estudo foi possível identificar que,

embora a maioria das estratégias para intervir

no atendimento educacional de estudantes

surdos sinalize uma tendência dos entes

federados em responder às recomendações

da política nacional de educação inclusiva, há

algumas diferenças significativas que merecem

destaque. De modo excepcional, o Plano

Distrital e alguns Planos Estaduais de Educação

(Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso do Sul,

Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Tocantins)

outorgam propostas educacionais favoráveis

às reivindicações do movimento surdo pela

consolidação de um projeto educacional

bilíngue, promovendo compreensões distintas

acerca da inclusão educacional dos estudantes

surdos. Nesse sentido, após apresentarmos a

investigação realizada de forma mais detalhada

e assinalarmos a importância de que as

especificidades identificadas sejam estendidas

a todo país, discutimos a questão da ausência

de unidade nas políticas educacionais para

surdos no Brasil.