Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros

Evolução das abordagens terapêuticas na fístula anal criptoglandular: da cirurgia clássica às técnicas minimamente invasivas

Introdução: A fístula anal criptoglandular é uma condição inflamatória crônica que afeta significativamente a qualidade de vida dos pacientes, caracterizada pela formação de trajetos entre o canal anal e a pele perianal. O tratamento ideal deve equilibrar a erradicação do trajeto fistuloso e a preservação da continência fecal. Diversas técnicas cirúrgicas e abordagens conservadoras têm sido propostas, mas ainda não há consenso sobre a melhor estratégia terapêutica. Objetivo: Comparar a eficácia e a segurança das abordagens cirúrgicas e conservadoras no tratamento da fístula anal criptoglandular, identificando tendências atuais e perspectivas terapêuticas. Métodos: Foi realizada uma revisão integrativa nas bases de dados PubMed, Scielo e ScienceDirect, incluindo artigos publicados entre 2015 e 2025. Utilizaram-se os descritores “anal fistula”, “cryptoglandular”, “surgical management” e “conservative treatment”. Foram selecionados sete estudos originais que compararam diferentes abordagens terapêuticas quanto à taxa de cura, recidiva e comprometimento da continência. Resultados: Os estudos mostraram taxas de cura entre 70% e 90% para as técnicas cirúrgicas (principalmente LIFT e avanço de retalho endorretal), com baixa incidência de incontinência. As terapias conservadoras e regenerativas, como o uso de plugues biológicos, laser e células-tronco, apresentaram resultados promissores em fístulas simples e recorrentes, com boa preservação funcional, embora com maior taxa de recidiva. Houve heterogeneidade metodológica entre os estudos, o que limita a comparação direta dos resultados. Conclusão: O tratamento da fístula anal criptoglandular deve ser individualizado, considerando a anatomia da fístula e o risco funcional. As técnicas cirúrgicas continuam sendo o padrão ouro, mas as abordagens conservadoras representam uma alternativa válida em casos selecionados. O futuro do manejo dessa condição tende à integração entre métodos cirúrgicos seletivos e terapias regenerativas, buscando maximizar a cura e minimizar as complicações
Ler mais

Evolução das abordagens terapêuticas na fístula anal criptoglandular: da cirurgia clássica às técnicas minimamente invasivas

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.16125161014

  • Palavras-chave: Fístula anal; Tratamento conservador; Cirurgia colorretal; LIFT; Retalho endorretal; Células-tronco.

  • Keywords: Anal fistula; Conservative treatment; Colorectal surgery; LIFT; Endorectal advancement flap; Stem cells.

  • Abstract: Introduction: Cryptoglandular anal fistula is a chronic inflammatory condition that significantly impairs patients’ quality of life. The ideal treatment must balance complete eradication of the fistulous tract with preservation of fecal continence. Despite the variety of available techniques, there is still no consensus regarding the best therapeutic approach. Objective: To compare the efficacy and safety of surgical and conservative approaches in the management of cryptoglandular anal fistula, identifying current trends and therapeutic perspectives. Methods: An integrative literature review was conducted through PubMed, Scielo, and ScienceDirect, including studies published between 2015 and 2025. The descriptors “anal fistula”, “cryptoglandular”, “surgical management”, and “conservative treatment” were used. Seven original studies were included, comparing healing rates, recurrence, and continence outcomes among different treatment modalities. Results: Surgical techniques such as LIFT and endorectal advancement flap achieved healing rates between 70% and 90%, with low incontinence rates. Conservative and regenerative therapies, including biological plugs, laser, and stem cell therapy, showed encouraging results for simple and recurrent fistulas, with good functional preservation but higher recurrence rates. Methodological heterogeneity across studies limited direct comparison. Conclusion: Management of cryptoglandular anal fistula should be individualized, considering anatomical complexity and functional risk. Surgical approaches remain the gold standard, but conservative methods are a viable alternative in selected cases. The future of treatment lies in the integration of selective surgical and regenerative strategies, aiming for high cure rates with minimal functional impairment.

  • Tallitha Grawnth Santos Vidal
  • Janaína Santos de Araújo
  • Letícia Ribeiro Cardoso
  • Fábio do Couto Bandeira
  • Guilherme Pereira Matias
  • Gabriella Salomão de Paula
  • Thaís Cunha Aguiar Gomes
  • Júlia Fonseca Carneiro
  • Huri Emanuel Melo e Silva
  • Maria Eduarda Caetano Luz
Fale conosco Whatsapp