O mundo está a exigir, cada vez mais, inovações tecnológicas visando a redução da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera do nosso planeta e também para produtos que sejam biodegradáveis. Tudo indica que essas exigências têm caráter irreversível. A indústria automobilística já estabeleceu metas para deixar de produzir motores a combustão usando combustíveis de origem fóssil. No Brasil os mesmos motores acionados a gasolina são os mesmos que utilizam etanol hidratado. Em consequência, em futuro relativamente próximo, o Brasil passará a ter capacidade de produção maior do que o consumo, tanto para o etanol anidro que é adicionado a gasolina, quanto para o etanol hidratado usado 100% como carburante. Utilizar o etanol como matéria-prima é uma possibilidade para equacionar esse problema e ao mesmo tempo ratificar para o mundo a potencialidade do Brasil na sustentabilidade dos processos industriais. Entre a década de 1960 e o início da década de 1990 o Brasil utilizou com sucesso o etanol como matéria-prima substituindo a nafta para produzir, entre outros, produtos básicos para a cadeia petroquímica, tais como o butadieno 1,3 e o eteno, que até hoje é também produzido via etanol. Além disso, existem evidências de que o uso de tecnologias híbridas etanol / nafta pode agregar qualidade aos produtos, e também evidências que o etanol apresenta na sua estrutura molecular condições para produzir produtos alternativos biodegradáveis. Nesse artigo o autor mostrará a viabilidade do uso do etanol como matéria-prima contribuindo para a redução das emissões de CO 2 .