Estudo Exploratório dos Fatores Determinantes de Fraude Corporativa em Empresas Brasileiras de Capital Aberto
Estudos têm mostrado que características de companhias sediadas em países
emergentes, tais como desempenho econômico-financeiro, governança corporativa, estrutura
de controle e remuneração executiva, possam estar associadas à ocorrência de fraudes
corporativas. O objetivo deste estudo é investigar determinantes de fraudes corporativas em
331 empresas brasileiras de capital aberto ativas, listadas na (B3), no período de 2010 a 2018.
As hipóteses testam probabilidade, como Proxy a fraudes os processos administrativos
sancionadores (PAS) da (CVM). As hipóteses H1, H2, H3, H4, H5 e H6 testaram se a
probabilidade de fraude é influenciada: H1 (-) pelo desempenho econômico financeiro, H2 (+)
pela participação no lucro da empresa; H3 (-) tamanho do Conselho Fiscal e independência do
Conselho de administração, H4 (-) pela concentração de controle acionário; a H5 (-) por Chief
Executive Officers (CEOs) com maior nível educacional; H6 testou se as três dimensões do
Triângulo de fraudes - Pressão, Oportunidade e Racionalização, em conjunto, indicam a
probabilidade de ocorrência de fraudes corporativas. O uso de modelos ajustados de
Regressão logística de efeitos mistos com efeito aleatório no intercepto e na inclinação,
permitiu a verificação da relação das variáveis explicativas da pesquisa com a presença de
PAS. Os resultados do estudo estão sustentados conforme a Teoria da Economia do Crime e
Triângulo de Cressey (1953). Foi confirmada a hipótese H1 e rejeitadas H2, H3, H4 e H5.
Estudo Exploratório dos Fatores Determinantes de Fraude Corporativa em Empresas Brasileiras de Capital Aberto
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.149112522044
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Palavras-chave: Fraudes corporativas. Processos administrativos sancionadores. Governança corporativa. Triângulo de fraudes de Cressey.
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Keywords: -
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Abstract: -
- Ramão Humberto Martins Manvailer
- João Zani