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ESTUDO DE SOROPREVALÊNCIA DE COINFECÇÃO HIV-SÍFILIS EM IDOSOS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE IMUNOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFFRÉE E GUINLE

Introdução: O aumento da incidência de coinfecção HIV - sífilis em pacientes idosos cresce como em nenhuma outra faixa etária, emergindo como desafio para o Brasil no sentido do estabelecimento de políticas públicas e estratégias que garantam o alcance das medidas preventivas e a melhoria da qualidade de vida nessa população. Existem poucos estudos em amostras populacionais sobre a estimativa de soroprevalência e risco de coinfecção HIV - sífilis em idosos no Brasil. Objetivos: Estimar a soroprevalência e o risco de coinfecção HIV - sífilis nos idosos, correlacionar a idade e a contagem de linfócitos TCD4 com o risco de coinfecção HIV - sífilis, explicar a importância de cada teste utilizado no diagnóstico da sífilis, detalhando a sensibilidade e especificidade de cada um deles e esclarecer a necessidade de se realizar teste treponêmicos e não treponêmicos para sífilis. Métodos: Um estudo retrospectivo de uma subcoorte de pacientes infectados com HIV em acompanhamento no ambulatório de imunologia do HUGG. Foram analisados prontuários médicos de 97 pacientes idosos infectados pelo HIV, os dados coletados foram sexo, idade, estado civil, vulnerabilidade, escolaridade, contagem de linfócitos TCD4, teste não treponêmico e teste treponêmico para sífilis. Resultados: Dos 97 prontuários analisados, 47 eram de pacientes do sexo feminino (48,5%), e 50 do sexo masculino (51,5%), com idade média de 70 ± 6,2 anos. Do total de pacientes, 70% não eram casados, 73% eram heterossexuais, 68% apresentavam 8 ou mais anos de estudo e 94% deles estavam em uso de terapia antirretroviral. Do total de prontuários examinados, 98% apresentavam o teste não treponêmico não reator, enquanto 42,3% apresentam reatividade para o teste treponêmico. Conclusão: Foi observado que quanto maior a idade, maior o risco de coinfecção HIV - sífilis. Houve diferença estatisticamente significante entre homens e mulheres quando comparados com o teste treponêmico, homens apresentaram um risco aproximadamente 3 vezes e meio maior que as mulheres. Foi verificado que cada ano adicional de vida a partir dos 60 anos aumenta em 10% o risco de o indivíduo apresentar teste treponêmico reativo. Já em relação à contagem de linfócitos TCD4, a cada aumento de 100 linfócitos TCD4, foi notado um acréscimo de 20% no risco do indivíduo apresentar reatividade no teste treponêmico.

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ESTUDO DE SOROPREVALÊNCIA DE COINFECÇÃO HIV-SÍFILIS EM IDOSOS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE IMUNOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFFRÉE E GUINLE

  • DOI: 10.22533/at.ed.81723270614

  • Palavras-chave: Sífilis; Sorologia; Prevalência; coinfecção HIV - sífilis; DST; HIV.

  • Keywords:  Keywords: Syphilis; Serology; Prevalence; HIV-syphilis coinfection; DST; HIV.

  • Abstract:

    Introduction: The incidence of HIV - syphilis coinfection has increased at a faster rate among elderly patients than any other age group, emerging as a challenge for Brazil to establish public policies and strategies which ensure that preventive measures are taken and that the quality of life for this part of the population is improved. There are few studies of population samples on the prevalence of HIV - syphilis coinfection among the elderly in Brazil. This study aims to evaluate the prevalence of coinfection among the elderly, show the importance of conducting the treponemal test for syphilis in patients with the Human Immunodeficiency Virus, since co-infected patients with HIV can develop responses that raise doubts with regard to the interpretation of the results, which may be false negative or false positive, and correlate the number of CD4 T lymphocytes with an increased likelihood of syphilis. Methods: a retrospective study was conducted by analyzing the medical records of 97 HIV-infected elderly patients being monitored at the Immunology Clinic at Gaffrée and Guinle University Hospital. Data was collected    on the patients' gender, age, marital status, vulnerability, education, CD4 lymphocyte count, non-treponemal test and treponemal test for syphilis. Results: Of the 97 patients whose records were analyzed, 47 were female (48.5%) and 50 male (51.5%), with a mean age of 70 ± 6.2 years. Of all the patients, 70% were married, 73% were heterosexual, 68% had eight or more years of education, and 94% were on antiretroviral therapy. Of the total number of patient records examined, 98% presented the non-treponemal non-reactive test, while 42.3% had reactivity to the treponemal test. Conclusion: this study found that the higher the age, the higher the risk of HIV / syphilis coinfection. There was a statistically significant difference between men and women when comparing the treponemal test: men were 3 and a half times more at risk than women. This study found that with each additional year of life after the age of 60, the risk of the individual presenting reactive treponemal test increases by 10%.  Regarding the CD4 lymphocyte count, this study noted that with every increase of 100 CD4 T lymphocytes, the individual's risk of presenting reactivity in the treponemal increased by 20%.

  • MARIANA MUNHOZ RODRIGUES
  • DULCINO PIROVANI LIMA
  • LUCIANE CARDOSO DOS SANTOS RODRIGUES
  • ISABELLE DE CARVALHO RANGEL
  • BEATRIZ PEREIRA RIBEIRO
  • RICARDO DE SOUZA CARVALHO
  • ANDREA CONY CAVALCANTI
  • LUIZ HENRIQUE DE CASTRO CUNHA
  • LUIZ CLAUDIO PEREIRA RIBEIRO
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