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Estudo de relato de caso: sobreposição de ESCLEROSE SISTÊMICA + LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

INTRODUÇÃO: Esclerose Sistêmica (ES) e Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) são doenças autoimunes, que afetam a qualidade de vida dos pacientes de formas variadas. Ambas patologias podem comprometer múltiplos sistemas orgânicos, levando a sintomas como erupções cutâneas, artralgia, febre, fadiga e comprometimento renal e neurológico. A causa exata dessas condições ainda são complexas e não são bem definidas. OBJETIVO: Este relato descreve uma paciente feminina, de 32 anos, inicialmente diagnosticada com esclerose sistêmica e, posteriormente, com lúpus eritematoso sistêmico, resultando no diagnóstico de sobreposição dessas doenças. O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia do tratamento para essas condições sobrepostas, a fim de avaliar a qualidade de vida da paciente. RELATO DE CASO: Paciente, C.R.D.L.C., procurou atendimento com artralgia persistente nas mãos, alopecia leve e fenômeno de Raynaud e úlceras eventuais em mãos. Em seus exames, apresentava anti-Sm positivo, Coombs direto positivo, anti-SCL70 negativo e Nuclear Pontilhado Grosso. A paciente já tinha um histórico prévio de trombocitopenia imune e esclerose sistêmica em tratamento. Ao exame físico, estava em bom estado geral, com murmúrio vesicular diminuído bilateralmente e pequenas lesões ulceradas nos dedos das mãos. Exames laboratoriais indicavam uma hemoglobina de 10,5 g/dL, hematocrito de 31,7%, plaquetas de 294.000, VHS de 78 mm, coombs direto positivo, PCR de 81, C3 estava de 89, confirmando a síndrome de sobreposição (ES + LES). A conduta incluiu manter os medicamentos existentes: hidroxicloroquina (HCQ) 500 mg/dia, rituximabe 1 g injetável, e prednisolona 40 mg/dia, além de ser solicitados novos exames laboratoriais de acompanhamento: hemograma, creatinina, TGO, TGP, Coombs direto, VHS e PCR. Paciente retornou com provas inflamatórias diminuídas, tanto VHS e PCR, e junto a isso, melhora de algumas condições clínicas, como rigidez de pele e em mãos, maior intervalo de tempo sem apresentar febre, porém com manutenção das dores ao movimentar dedos das mãos. CONCLUSÃO: Este caso destaca a complexidade do diagnóstico e manejo de doenças autoimunes sobrepostas, como esclerose sistêmica e lúpus eritematoso sistêmico. A sobreposição dessas condições pode complicar o tratamento e impactar a qualidade de vida do paciente. A gestão eficaz requer uma abordagem multidisciplinar e ajustes contínuos no tratamento para atender às necessidades individuais. O acompanhamento futuro é crucial para aprimorar as estratégias de tratamento e oferecer melhores resultados para pacientes com síndromes como esta.
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Estudo de relato de caso: sobreposição de ESCLEROSE SISTÊMICA + LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.91925190211

  • Palavras-chave: Lúpus eritematoso sistêmico; Esclerose sistêmica; Corticoterapia

  • Keywords: Systemic lupus erythematosus; Systemic sclerosis; Corticosteroid therapy

  • Abstract: INTRODUCTION: Systemic Sclerosis (SSc) and Systemic Lupus Erythematosus (SLE) are autoimmune diseases that affect patients' quality of life in different ways. Both pathologies can compromise multiple organ systems, leading to symptoms such as skin rashes, arthralgia, fever, fatigue and renal and neurological impairment. The exact cause of these conditions is still complex and not well defined. OBJECTIVE: This report describes a 32-year-old female patient, initially diagnosed with systemic sclerosis and, later, with systemic lupus erythematosus, resulting in the diagnosis of overlapping of these diseases. The aim of the present study was to evaluate the effectiveness of treatment for these overlapping conditions in order to assess the patient's quality of life. CASE REPORT: Patient, C.R.D.L.C., sought care with persistent arthralgia in the hands, mild alopecia and Raynaud's phenomenon and occasional ulcers in the hands. In his exams, he presented positive anti-Sm, positive direct Coombs, negative anti-SCL70 and Gross Punctate Nuclear. The patient already had a previous history of immune thrombocytopenia and systemic sclerosis under treatment. On physical examination, he was in good general condition, with decreased breath sounds bilaterally and small ulcerated lesions on his fingers. Laboratory tests indicated a hemoglobin of 10.5 g/dL, hematocrit of 31.7%, platelets of 294,000, ESR of 78 mm, positive direct coombs, PCR of 81, C3 was 89, confirming the overlap syndrome (ES + LES). The approach included maintaining existing medications: hydroxychloroquine (HCQ) 500 mg/day, rituximab 1 g injectable, and prednisolone 40 mg/day, in addition to requesting new follow-up laboratory tests: blood count, creatinine, TGO, TGP, direct Coombs, ESR and PCR. Patient returned with reduced inflammatory tests, both ESR and CRP, and along with this, improvement in some clinical conditions, such as skin and hand stiffness, longer period of time without presenting fever, but with continued pain when moving fingers. CONCLUSION: This case highlights the complexity of diagnosing and managing overlapping autoimmune diseases such as systemic sclerosis and systemic lupus erythematosus. The overlap of these conditions can complicate treatment and impact the patient's quality of life. Effective management requires a multidisciplinary approach and continuous adjustments in treatment to meet individual needs. Future follow-up is crucial to improve treatment strategies and offer better results for patients with syndromes like this.

  • Naime Gimenes Abdala De Santis
  • Gustavo Roberto Lourenço
  • Alessandra Afonso Borges
  • Letícia Barroquelo Viana Lopes
  • Maria Clara Fatinansi Altrão
  • Gabriel Henrique Muniz dos Santos
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