Estudo de caso da produção de biodiesel nas instalações industriais do Mato Grosso, no período de 2004 a 2017
As questões ambientais e a necessidade de diversificação da matriz energética estimularam globalmente o uso de biocombustíveis. A resposta brasileira foi o lançamento, em 2004, de programa do governo para fomentar o biodiesel, com foco no agronegócio e na abordagem social. A porcentagem inicial de 2%, com meta de alcançar 10% em 2018, foi a forma de incentivo para implantação de usinas no país, ao mesmo tempo que proporcionava à agricultura familiar a opção de cultivo de oleaginosas não-comestíveis. O óleo de caroço de algodão e soja também eram previstos como matérias-primas para produção do biodiesel. Como maior produtor brasileiro de soja, o Mato Grosso despontava em potencialidade para o biodiesel em razão de sua vocação em agronegócio, além de área agrícola e clima adequados, chegando a 28 usinas cadastradas em 2008. Neste mesmo ano deixaram de comercializar biodiesel 8 das 28 usinas implantadas. Das 20 restantes, apenas 9, com capacidades de 50 a 1000 m3/dia, continuavam funcionando em 2017,o que evidencia uma concentração setorial. Para atender a demanda nacional crescente de biodiesel, as usinas se beneficiaram da escala de produção e do uso do óleo de soja, o que fez com que se tornassem mais competitivas nos leilões organizados pela Agencia Nacional de Petróleo. Essa tendência foi também percebida em nível nacional, a partir dos mecanismos inseridos nas normas dos leilões, o que permitiu ao óleo de soja dominar em 80% as demais matérias-primas no período estudado e reduziu o efeito do Selo de Combustível Social.
Estudo de caso da produção de biodiesel nas instalações industriais do Mato Grosso, no período de 2004 a 2017
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DOI: 10.22533/at.ed.59519201218
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Palavras-chave: Políticas públicas, Usinas, Custos, Processo, Mercado.
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Keywords: Public policy; Industries; Costs; Process; Market.
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Abstract:
Environmental preoccupation and the need for diversification of the energy matrix have stimulated globally the use of biofuels. The Brazilian response was the release of a government program in 2004 to promote biodiesel, focusing on agribusiness and the social approach. The initial percentage of 2%, with a goal of reaching 10% in 2018, was the incentive for the establishment of plants in all country, while giving small producers the option of growing non-edible oilseeds. Cottonseed and soybean oil were also provided as raw materials for biodiesel production. As the largest Brazilian producer of soybeans, the Brazilian State of Mato Grosso was emerging as potential for biodiesel due to its vocation in agribusiness, as well as adequate agricultural area and climate, reaching 28 plants registered in 2008. In this year, 8 out of 28 plants did not sold biodiesel. Of the remaining 20, only 9, with capacities from 50 to 1000 m3 / day, were still operating in 2017, which shows a sectoral concentration. To meet the growing national demand for biodiesel, the plants benefited from the scale of production and use of soybean oil, which made them more competitive at auctions organized by the Petroleum National Agency. This trend was also perceived at the national level, through the mechanisms included in the auction rules, which allowed soybean oil to dominate by 80% the other raw materials in the period studied and reduced the effect of the Social Fuel Seal.
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Número de páginas: 15
- Fabiana Pereira de Sousa
- Marney Pascoli Cereda
- Ana Paula de Moraes Campos Teixeira.
