Estratégias de valorização do milho crioulo na agricultura familiar de Sergipe, Br: análise das contaminações por transgenia.
Os agricultores familiares que cultivam o milho visando as demandas do próprio estabelecimento e ao mercado local de milho crioulo estão tendo suas lavouras contaminadas por transporte de pólen. Isto ocorre porque estes agricultores estão rodeados por grandes produtores rurais, que realizam monoculturas. As formas de prevenção buscando conferir qualidade no sistema de produção agroecológica e confiabilidade do produto gerado, denotam a impossibilidade da coexistência entre lavouras de milho GM e não GMs. Visando monitorar a confiabilidade do produto foram realizados dois intercâmbios visando gerar medidas preventivas e fazendo a verificação do êxito obtido com a realização dos testes não-OGM (Organismo Geneticamente Modificado) no Laboratório de Sementes Crioulas do IFS -Campus São Cristóvão. A realização dos testes não-OGM, envolveu 60 amostras provenientes das safras de 2018 e de 2019. Para as análises foram utilizadas tiras de fluxo lateral. Foi aplicado o método de Common Extraction™ e são testados a presença de traços genéticos de nove proteínas para o Zea mays L (ENVIROLOGIX, 2018). Na safra de 2018 das 60 amostras de milho crioulo testadas, 50% apresentaram contaminações de transgenia. Na safra de 2019, o índice de contaminação foi reduziu para 37%, denotando resultados positivos frente as medidas preventivas incentivadas pelo movimento social. Agricultores familiares rodeados por grandes extensões de monoculturas de milho (Zea mays L.), são os mais afetados pelas contaminações por OGMs. Há impossibilidades para adotar medidas de isolamento temporal devido a riscos de perdas de safras, pelo curto período de chuvas, manifestas na região do semiárido sergipano.
Estratégias de valorização do milho crioulo na agricultura familiar de Sergipe, Br: análise das contaminações por transgenia.
-
DOI: 10.22533/at.ed.75120111210
-
Palavras-chave: agrobiodiversidade; sementes crioulas; erosão genética.
-
Keywords: agrobiodiversity; creole seeds; genetic erosion.
-
Abstract:
Family farmers who grow maize for the demands of the establishment itself and the local market for creole corn are having their crops contaminated by pollen transport. This is because these farmers are surrounded by large rural producers, who grow monocultures. The forms of prevention seeking to provide quality in the agroecological production system and the reliability of the product generated, denote the impossibility of coexistence between GM and non-GM corn crops. In order to monitor the reliability of the product, two exchanges were carried out to generate preventive measures and to verify the success obtained with the performance of non-GMO tests (Genetically Modified Organism) at the Creole Seed Laboratory of IFS -Campus São Cristóvão. The performance of non-GMO tests involved 60 samples from the 2018 and 2019 crops. Lateral flow strips were used for the analyzes. The Common Extraction ™ method was applied and the presence of genetic traits of nine proteins is tested for Zea mays L (ENVIROLOGIX, 2018). In the 2018 harvest of the 60 samples of creole corn tested, 50% showed contamination from transgenics. In the 2019 harvest, the contamination rate was reduced to 37%, showing positive results in view of the preventive measures encouraged by the social movement. Family farmers surrounded by large expanses of maize monocultures (Zea mays L.), are the most affected by GMO contamination. There are impossibilities to adopt measures of temporal isolation due to risks of crop losses, due to the short rainy season, manifest in the region of Sergipe's semiarid. Key words: agrobiodiversity; creole seeds; genetic erosion.
-
Número de páginas: 13
- Irinéia Rosa NASCIMENTO
- Kauane Santos BATISTA
- Philipe Rolemberg Caetano
- eliane dalmora