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ESTEREÓTIPOS EM GERONTOLOGIA: UM ENTRAVE AO BEM-CUIDAR

Os estereótipos  visam representar de forma simples as realidades complexas, decorrente de um processo de categorização, podendo representar atributos e/ou traços de personalidade acerca de um determinado grupo de pessoas, compartilhados socialmente por um número elevado de pessoas, veiculados frequentemente ao nível dos meios de comunicação social. Na vasta literatura científica, estudos no âmbito da gerontologia, tendo com objeto de estudo, o envelhecimento, a velhice e a pessoa idosa, efetuados em distintos contextos, apontam para uma alteração da sua imagem ao longo dos tempos. Nalguns estudos os mesmos foram percecionados como dependentes, doentes, socialmente isolados, improdutivos, entre outros. Fortemente enviesados, os estereótipos que se generalizam negam a heterogeneidade própria do processo de envelhecimento, considerando-os como semelhantes. Os estereótipos negativos podem  repercutir-se de forma negativa, quer para a população idosa, quer para os cuidadores dos mesmos, na medida em que pode interferir de forma significativa no ato de cuidar. Os profissionais de saúde, onde se incluem os enfermeiros,  são um dos grupos  que apresentam alguns desses estereótipos. Uma das explicações para a presença dos mesmos diz respeito à hipótese de contacto, no qual se considera que a sua presença decorre do facto de que os enfermeiros lidam essencialmente com pessoas idosas que se encontram frequentemente em situação de doença e dependência. Diariamente as pessoas idosas provam que os estereótipos não passam de generalizações incorretas. A desmistificação das conceções erróneas e injustificadas que existem no âmbito dos objetos de estudo da gerontologia contribuirá seguramente para um cuidar sem estereotipar, em prol da qualidade dos cuidados.

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ESTEREÓTIPOS EM GERONTOLOGIA: UM ENTRAVE AO BEM-CUIDAR

  • DOI: 10.22533/at.ed.12723120515

  • Palavras-chave: Idosos, Velhice, Estereótipos Cuidados de enfermagem.

  • Keywords: Elderly, Old age, Stereotypes, Nursing Care.

  • Abstract:

    Stereotypes aim to represent, in a simple way, complex realities, resulting from a categorization process, and may represent attributes and/or personality traits about a certain group of people, socially shared by a large number of people, often conveyed by the media. In the large scientific literature, studies within the scope of gerontology, with aging, old age and the elderly as their object of study, carried out in different contexts, point out to a change in their image over the time. In some studies, they were perceived as dependent, sick, socially isolated, unproductive, among others. Strongly biased, the widespread stereotypes deny the heterogeneity of the aging process, considering them as similar. Negative stereotypes can have negative repercussions, both for the elderly population and their caregivers, as they can significantly interfere in the act of caring. Health professionals, including nurses, are among the groups that present some of these stereotypes. One of the explanations for their presence concerns to the contact hypothesis, in which it is considered that their presence derives from the fact that nurses mainly deal with old people who are frequently in a situation of illness and dependence. Every day, elderly people prove that stereotypes are nothing more than incorrect generalizations. The demystification of the erroneous and unjustified conceptions that exist within the scope of the objects of study of gerontology will contribute to empower care without stereotyping, in favor of caring with quality.

  • Carlos Pires Magalhães
  • João Ricardo Miranda da Cruz
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