O objetivo desta formulação foi examinar as concepções teóricas sobre o Estado e sua interface com o princípio da igualdade, investigando de que forma instituições políticas e jurídicas podem funcionar ora como mecanismos de reprodução, ora como instrumentos de atenuação das assimetrias de poder. Analisou-se a representação política à luz das teorias elitista e pluralista, destacando-se suas insuficiências e contradições com vistas à prática democrática contemporânea. Ao final, desenvolve-se uma reflexão crítica acerca dos desafios à efetivação do princípio da igualdade no âmbito da ordem constitucional brasileira, marcada pela coexistência entre a positivação de direitos fundamentais e a perene exclusão social. A análise conduz à conclusão de que a concretização substancial do ideal democrático exige não apenas a superação de entraves materiais e institucionais, mas também a construção de mecanismos efetivos de participação e responsabilização política que transcendam os modelos tradicionais de representação.