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ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA: COMPORTAMENTO ESPAÇO-TEMPORAL EM UMA REGIÃO BRASILEIRA

A esquistossomose é uma doença negligenciada provocada pelo parasito Schistosoma mansoni e adquirida em ambiente aquático com metas globais de eliminação na Agenda 2030 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. No Brasil, este agravo é reconhecido como importante problema de saúde pública devido a sua complexidade da transmissão e fatores condicionantes. A sua prevalência ocorre em populações vulneráveis quanto as condições socioeconômicas e ambientais. Este estudo investigou o comportamento espaço-temporal da esquistossomose nos estados da região Sudeste, no período de 2007 a 2017. Trata-se de uma pesquisa descritiva, retrospectiva e quantitativa, realizada com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos e Notificação, Sistema de Informação sobre Mortalidade, Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Foram coletados dados do número de casos notificados e confirmados, internações, óbitos e as variáveis sexo, faixa etária, cor/raça e escolaridade. A taxa de incidência e regressão de Prais-Winsten foram calculadas. Os resultados apontaram um comportamento endêmico da doença, na região Sudeste, a partir de 2010. As internações apresentaram tendência de estabilidade para todos os estados, o número de óbitos registrou uma tendência de crescimento para Minas Gerais, estabilidade para o Espírito Santo e declínio para o Rio de Janeiro e São Paulo. Conclui-se que houve uma diminuição na incidência de esquistossomose no Sudeste, contudo ainda são registrados muitos casos, principalmente em Minas Gerais. Estas informações são importantes para direcionar as políticas públicas de saúde, investimentos em saneamento básico e ações de controle da doença.
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ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA: COMPORTAMENTO ESPAÇO-TEMPORAL EM UMA REGIÃO BRASILEIRA

  • DOI: 10.22533/at.ed.61723191016

  • Palavras-chave: Esquistossomose mansoni; Atenção à Saúde; Meio Ambiente e Saúde Pública.

  • Keywords: Schistosomiasis mansoni; Health Care; Environment and Public Health.

  • Abstract: Schistosomiasis is a parasitic disease caused by the etiological agent Schistosoma mansoni, acquired in an aquatic environment with global elimination targets in the 2030 Agenda of the Sustainable Development Goals. In Brazil, this condition is recognized as an important public health problem due to its transmission complexity and conditioning factors. Its prevalence occurs in vulnerable populations regarding socioeconomic and environmental conditions. This study investigated the spatiotemporal behavior of schistosomiasis in the states of the Southeast region, from 2007 to 2017. This is a descriptive, retrospective, and quantitative research, carried out with secondary data from the Information System on Diseases and Notification, Information System on Mortality, Hospital Information System of the Unified Health System and the Brazilian Institute of Geography and Statistics. Data were collected on the number of notified and confirmed cases, hospitalizations, deaths and the variables gender, age group, color/race, and education. The incidence rate and Prais-Winsten regression were calculated. The results indicated an endemic behavior of the disease in the Southeast region from 2010 onwards. The number of hospitalizations showed a stable trend for all states, the number of deaths registered a growing trend for Minas Gerais, stability for Espírito Santo and a decline for Rio de Janeiro and São Paulo. It is concluded that there was a decrease in the incidence of schistosomiasis in the Southeast, however many cases are still registered, mainly in Minas Gerais. This information is important to direct public health policies, investments in basic sanitation and actions to control and eradicate the disease.

  • Tallis Martins Cafieiro
  • Nataly Salvatierra Sodré
  • Eduardo Périco
  • Eliane Fraga da Silveira
  • Nádia Teresinha Schröder
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