ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA: ASPECTOS GERAIS E O USO DE MOLUSCICIDAS VEGETAIS COMO ALTERNATIVA PARA O CONTROLE
A esquistossomose mansônica é uma doença parasitária causada pelo Schistosoma mansoni, helminto trematódeo que necessita de caramujos do gênero Biomphalaria de águas doces para completar o seu ciclo de vida. No Brasil, esta doença tem ampla distribuição geográfica e acomete milhares de pessoas anualmente, causando sintomas característicos de sua fase clínica aguda ou crônica. Segundo a Organização Mundial de Saúde, uma das medidas necessárias para conter a endemia esquistossomótica é o controle dos caramujos transmissores, o qual pode ser efetivado por meio de métodos físicos, biológicos e químicos. O uso de produtos com efeito letal aos moluscos corresponde ao método químico de controle. O moluscicida sintético niclosamida era muito utilizado para reduzir as populações de caramujos Biomphalaria, por ser altamente eficaz em baixas concentrações, entretanto, o seu alto custo, baixa decomposição no ambiente e toxicidade a outros organismos aquáticos vêm estimulando a pesquisa de novos moluscicidas mais seletivos, biodegradáveis e menos onerosos. Nesse contexto, moluscicidas de origem vegetal têm sido destacados como uma alternativa promissora, porque podem apresentar as características de um moluscicida considerado ideal, além de poderem ser manipulados pelas populações das áreas de ocorrência da esquistossomose. Dessa forma, considerando a abrangência, endemicidade e importância da esquistossomose no campo da saúde pública, este capítulo de livro faz uma abordagem sobre a sua epidemiologia, transmissão e sintomas, bem como dispõe de informações sobre os caramujos transmissores e métodos existentes para o seu controle, com ênfase na relevância da utilização de plantas com propriedades moluscicidas como estratégia eficaz para interromper o ciclo evolutivo do parasito S. mansoni, contribuindo, assim, na redução de casos da doença.
ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA: ASPECTOS GERAIS E O USO DE MOLUSCICIDAS VEGETAIS COMO ALTERNATIVA PARA O CONTROLE
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DOI: 10.22533/at.ed.92920110212
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Palavras-chave: Esquistossomose mansônica; Epidemiologia; Sintomatologia; Controle; Moluscicidas vegetais
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Keywords: 34
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Abstract:
Schistosomiasis mansoni is a parasitic disease caused by Schistosoma mansoni, a trematode helminth that requires freshwater Biomphalaria snails to complete its life cycle. In Brazil, this disease has a wide geographical distribution and affects thousands of people annually, causing symptoms characteristic of its acute or chronic clinical phase. According to the World Health Organization, one of the measures necessary to contain schistosomiasis endemic is the control of transmitting snails, which can be effected by physical, biological and chemical methods. The use of products with lethal effect on mollusks corresponds to the chemical method of control. Synthetic molluscicide niclosamide was widely used to reduce Biomphalaria snail populations, as it is highly effective at low concentrations, however, its high cost, low environmental decomposition and toxicity to other aquatic organisms have stimulated the search for new molluscicides, more selective, biodegradable and less expensive. In this context, molluscicides of plant origin have been highlighted as a promising alternative to the niclosamide, because they may present the characteristics of an ideal molluscicide, besides being manipulated by the populations of the schistosomiasis occurrence areas. Thus, considering the scope, endemicity and importance of schistosomiasis in the field of public health, this book chapter addresses its epidemiology, transmission and symptoms, as well as provides information on transmitting snails and existing methods for their control, emphasizing the relevance of the use of plants with molluscicidal properties as an effective strategy to interrupt the evolutionary cycle of the S. mansoni parasite, thus contributing to the reduction of disease cases.
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Número de páginas: 34
- Luciana Patrícia Lima Alves Pereira
- Maria Cristiane Aranha Brito Mattos
- Fernanda Oliveira Sousa Araruna
- Felipe Bastos Araruna
- Marilene Oliveira da Rocha Borges
- Antônio Carlos Romão Borges
- Denise Fernandes Coutinho
- Wellyson da Cunha Araújo Firmo
